Por ocasião de revisitação a O Crocodilo Que Voa, ficam umas notas. Revisitar o pensamento do libertino por excelência é algo que faço ocasionalmente. Por um lado, felizmente que não cedi à tentação de o ir conhecer ao lar, já que excluindo a excepção que era o filho Paulo, ele sempre foi um ingrato filho da puta para toda a gente que o ajudou e tentou ajudar. Por outro, fica a pena de não ter travado conhecimento com esta cabeça genial e predisposta, tão bairrista e tão inacessível ao mesmo tempo.
Se ao reler as entrevistas, ele contribui para florear a vida dele, também acaba por ser vítima, não indo mais além, pois os entrevistadores já sabiam que tocando num ou noutro botão, tinham algo que as pessoas iam querer ler. Desde o Saramago, Torga, Lobo Antunes, Ferreira de Castro, Camilo, Aquilino Ribeiro, Eugénio de Andrade, Natália Correia, não há ninguém que escape. Posso estar enganado, mas os unicos que ele não deita abaixo são o Santana Lopes, Garrett e o Eça.
Fica ainda assim, um post de saudade ao grande timoneiro, que há-de continuar a ensombrar todos lá de cima.
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