Deparei-me hoje na quase-semanal consulta de blogs que muitos se dedicaram a promover as suas escolhas para este ano, perdidos em considerações sobre as politiquisses duns e a falta de outros, a "ironia deliciosa e bajulante" daquela, o "primor que rege as opiniões do outro".
Que interessante. Ao que parece este blog foi hoje referido na Antena 1. A confirmar-se, obrigado a quem se deu ao trabalho.
Ofereçam-me um contrato para escrever livros em vez desses elogios que não servem para nada. Isto até ao dia em que eu não me chatear como o outro e dedicar a minha existência a Odin.

Bom ano novo. Já sei que vão continuar a fazer da terra um lugar miserável. Humanos, a piada são vocês.

A Patricia nasceu no Rio de Janeiro e já viveu pelo menos em Belmonte, Freixo de Espada à Cinta, Viseu e Porto. Mas fala Português exemplarmente, excepto quando bebe em demasia. É aspirante a designer de moda, vulgo estilista. Lembro-me de a ver aos anos a passar na minha escola, acho que ainda não mudou muito. É incrivelmente envergonhada, o que não é desculpa para o facto de nunca ser capaz de elogiar nada. És uma desgraçada, Couto de Baixo.

Vamos fazer isto agora?

Eiiiish, okay. Será que estou apta para isso? ahaha

Minutos atrás, querias, agora estás a fazer-te de esquisita... Claro, nasceste apta.

Olha que eu sou do piorio. Queria porque estava entretida comm os lacinhos ahahaha ok!

Eu sei que és do piorio e isto "está a gravar".

READY. Ai sim, então começa!

A primeira é simples, contas o que fazes, o que pensas fazer, os teus dilemas juvenis, e etc.

Miguel, queres que te seja sincera? O que é que eu faço? Nada.. e esse têm sido o meu dilema ultimamente (risos). O que penso fazer... hmm aí está uma bela questão... tenho mil e uma ideias..

Já dizias 3 delas, que eu não tenho a noite toda.

Bem.. acho que se tivesses feito isto no autocarro teria tido mais piada (risos)

Alguma me envolve a mim?  Não mintas!

Ao menos a estrada dava-me outra inspiração. A ti? Ora, pois claro, manter a tua amizade. não há ninguém que me ature tantas horas seguidas a dizer tanta coisa sem nexo, acho!

Bela merda. (risos)


Opá, vamos a Bragança?

Que bem que nós estávamos a caminho de Bragança agora...

FEAAAR!!! Seríamos expulsos a mesma! Não viste a cara de alivio das pessoas?

(Isto foi feito depois de uma viagem que nós fizemos de 3 horas e meia de autocarro)

Eu tinha avisado que ia com uma criança carente, mas mesmo assim no fim eles pareceram-me fartos do baile funk e do teu jogo de ancas.


(risos) Se eles tivessem visto o meu jogo de ancas, não ficavam fartos.

Já agora, tens os ossos das ancas bem delineados?

(Risos) Opá tenho ancas, não te chega?

Aposto que tens! Cinco albuns e cinco filmes, Patricia?

Ultra, OK Computer. Moon Safari, N.E.R.D. (risos) e opá ...estou agora aqui a ver, não há um algo ultimamente que me tenha fascinado. Minto... agora que me lembro...

Techno?

Made in The Dark. Não querido, dás lhe tu com o techno, eu sei que gostas, mas lá teres que me impingir e tal, é que não por favor. (risos)

Valeu garota, cinco filmes!

Dificil escolher 5. Shining, Magnolia... hmm Forrest Gump... mítico pa... (Ruun forrest ruuuun), (risos) Lost in translation... Marie Antoinette, entre outros.

Lost In Translation, eu sabia que ainda havia uma ponta de amor dentro de ti.

Obrigada!

Ultima, é a das memórias. Se isto fosse o teu blog, eu contava como me lembro de ti à porta da International House...

Mau...

...e de seres a miúda mais gira

(risos) Obrigada! Mas como se trata do teu blog, qual é a questão?

É contares o que quiseres dos nossos retiros históricos.

Quais? Aquele mítico? Do género... a primeira vez que falo contigo pessoalmente é quando vens ter a porta da minha casa às 5 da manhã? Pois, é o que dá ser a miúda mais gira... tem destas coisas (risos)

É porque foi um incómodo...

Incómodo? Não, apenas não estava acostumada a receber convidados, muito menos aquela hora. Foi há quantos anos? Eras um jovem ainda (risos)

Foi há... alguns anos. Eu sim, é que era jovem.

Já sei! Tinha eu 17 anos! (ok, foi apenas à dois anos)

Não foi nada há dois anos!

Vamos discutir agora?

(Seguiu-se uma discussão de 7 minutos acerca dos anos. Foram 3 ou 4 anos)

Queres ao menos dizer que fomos os dois para o Pestana Palace pagar mais de 15€ por chá?


A SÉRIO? Os pacotes de açúcar custavam quanto? Três euros? Por isso é que não metes açúcar!

Tinha desconto se tivesses ido tocar piano...

Miguel, já sabes que tenho um projecto secreto, por isso ando muito concentrada.

(risos) És mesmo desgraçada.

Não falei do meu projecto, da minha discoteca para alcoólicos...

Nem da nossa banda...

Fogo... (lágrimas)

A Universal continua a reeditar os seus filmes mais lucrativos em caixas de dois discos, edição de coleccionador. A mim, permite-me ver filmes que nunca tinha visto a um preço reduzido. Não sendo o meu género preferido, e por isso negligenciado, tenho andado a recuperar em filmes de acção. Um deles é Jaws de Spielberg, que conta a história a bordo d'A Orca, de três homens que têm como missão eliminar um tubarão branco que atormenta a pacata localidade de Amity.
A adaptação do livro é muito boa, e o crescendo da história, ainda que mantenha a acção como a unica vertente do filme, fizeram deste o maior êxito de cinema à época.
Os extras valem a compra, pois são quase duas horas de curiosidades para os amantes deste filme que afastou uma geração das águas.

Mais um livro para Philip Roth a fechar o ano, O Fantasma Sai de Cena. Até meio do livro, nem um dia passou no tempo, fazem-se uns apontamentos banais à vida que Nathan Zuckerman/Roth leva e sobre o que é a incontinência, que este retirado sofre, e o leva de volta a NY, onze anos depois de a ter abandonado.
As descrições do desfasamento em que o autor vive do mundo real são enfadonhas, no final de contas, todos seguimos a eleições de Bush, por isso é permissivo que não seja muito excitante ler sobre alguém que insiste em repetir que não está a par de nada.
Um dos possíveis erros do livro é a falta de personagens, poucas e com pouco carácter, ainda que por Zuckerman fosse só ele e Jamie.

Com sol em vez de neve, mas também serve.
Cinquenta coisas que não sabíamos o ano passado. E já agora, a última de 3 partes dedicadas a imagens que marcaram o ano.

Quinhentas páginas de humor deviam dar uma dor de barriga terrível, mas o humor aqui contido deve ser daquele subgénero "inteligente", que eu, por ser limitado, não compreendo.
O principal defeito a apontar é mesmo ao assunto. Antologia do Humor Português, subtítulo "Mas só o que saiu em livro e mesmo assim há uns que, se calhar, não deviam estar e outros que não estão e deviam estar. É como em tudo. 1969/2009 Mais ou menos. Enfim, 18 de Abril de 2008, até à hora do almoço, o mais tardar", erradica muito do melhor humor ao começar apenas em 1969. É a escola do cinema a ir toda por aí abaixo (se aqui se retratam fenómenos televisivos, também era justificativo incluir-se a sétima arte, não fossem os anos redutores).
Para além das pérolas perdidas, há um aproximar a Luiz Pacheco e João César Monteiro. Amen.
Cada autor aparece com uma pequena biografia e depois um exemplo do seu "humor", cabendo uma nota à decisão editorial de dar uma página a uns e dez a outros.
No primeiro capitulo muito pouco se aproveita e os excertos apresentados são apenas tiradas de conteúdo politico ou de reprimidos sexuais. Na falta disso, apoliticos e promíscuos vários.
A segunda é ainda mais esquisita. Enaltecem-se alguns blogs (maus), e encontram-se nos organizadores Nuno Artur Silva e Inês Fonseca Santos, os únicos admiradores do Inimigo Público.
Ao menos deu para descobrir José Sesinando, hilariante. Pacheco e Monteiro, ámen mais uma vez.

É com prazer que noticio fazer parte da Orgia Literária. O primeiro texto sobre Samuel Beckett pode ser lido aqui.
Não tenho por hábito publicitar aqui o que aparece na imprensa escrita, mas aproveito a ocasião para chamar a atenção para a DIF de Dezembro. Estão dois textos meus lá. E desta vez não me puseram a fotografia ao lado do Fernando Alvim. Felizmente.

Mais um passo para a banda da Brândoa. Os Moonspell lançaram uma caixa intitulada Lusitanian Metal, com dois DVDs e um CD. O CD contém o concerto audio que ocupa a totalidade do primeiro DVD, um concerto na Polónia, sendo o segundo DVD reservado ao baú da banda, percorrendo os últimos 15 anos.
Na fracção mais longa, estão musicas retiradas de concertos em Portugal, na Turquia, Alemanha, entre outros, aliadas à entrevista contida no primeiro DVD, dão conta da dimensão global da banda que no meio da teatralidade do primeiro concerto, esqueceu-se de fazer mais do que ruído. Esse e outros estão incluídos, e no grande plano das coisas, só a partir de 2003 é que os Moonspell começaram a ser capazes de se projectar ao vivo fielmente.
Dada a extensão (cerca de 300 minutos), é uma caixa especialmente para quem segue a banda, tornando-se entediante, mas musicas como Vampiria, Alma Mater, Opium, In And Above Men e Nocturna relembram o porquê de a banda de Fernando Ribeiro e Mike Gaspar andarem a desafiar as probabilidades à tantos anos.

This time we have one of the few living people I admire. And that is to say a lot about the legend, Fenriz. He is one part of a Black Metal outfit known as Darkthrone. Which is probably the rawest, truest band ever. The duo, him and Nocturno Culto have been defying ears for more than 20 years and I had the rare chance to ask Fenriz some questions. As soon as he agreed to do this interview, I told my friend how excited I was, and his answers just show how much this guy rules. Mange respekt. Og ja , I ha blitt innlæring Norsk med hensyn til Darkthrone.

How are you doing this Winter? Is there anything happening in the Darkthrone camp?

JEPSI PEPSI! Last Saturday (13 December 2008) we started to record for our new album. As usual, one of Ted’s (Ted is Nocturno Culto) songs (heavy metal) and one of mine that already came to me in June. My song is a mix of Show No Mercy, Kill Em All, Deathside (Japan 87-90), English Dogs, Misfits, and so on.
Also every album we release, it means I am doing 2-3 months of interviews on my spare time (I never quit my day job, have to have it so I can listen to all the music I get/buy on a discman constantly). In fact, I could easily sit in front of this damn computer the rest of my life, just doing Darkthrone stuff and checking out new bands. Luckily i have time to do all this underground metal work since I basically quit drinking, so my life is back to the 80s underground global metal lifestyle now, but now I have hobbies too - I am a forest man and I lift weights now.


Awesome. Darkthrone will be supporting a WWE wrestler soon as a consequence to that (laughs). Just yesterday I was reading an old interview with Varg where he mentions that 'the trinity of BM' was Burzum, Darkthrone and Immortal. How do you see things in 2008, do you still have an interest in it?


No, that was important back then. Good black metal in the 00s is Faustcoven!

You once referred to Black Metal as "individualism above all and 'unfortunately' a childish self-centeredness", with no sort of rules. What made you guys switch the sound to this new era that started with F.O.A.D.?

What happened was not with FOAD, but since people are visually lead they think so because of the covers. And this goes for the TRINITY they call our releases of A Blaze In The Northern Sky, Under A Funeral Moon and Transilvanian Hunger. These albums have almost nothing in common, but since the album covers were in the same style - people think they hear a resemblance! HAHAHAHAHAHAH it's idiotic but understandable, because humans are like that.
I sometimes like to help the humans… So I will explain: In 2004 Ted said we could buy our own little portable studio, a NECROHELL 2. That was what i wanted since 1988, this situation, so then it was like magic, I was transported back to 1988-GYLVE and I started making the songs I should have done at that time if I had the know-how and balls. My balls had hardly dropped into my nutsack in 88. HAHAHAHAHAH!


Everybody seems to enjoy your videos on youtube when you show your enthusiasm for old metal records, but which ones would you claim as influential for how Darkthrone sound nowadays?


Those bands are all on my influences list on myspace. Also, I could help you above, when I wrote what I think my sound is like on my new song.
I cannot answer for Ted. I don't know his influences, but he's always liked Black Sabbath and sophisticated Heavy Metal. I am very into speed metal, NWOBHM and some style of punk on top of that, these days.
I have around 9000 records and you can say I am influenced by all or nothing, but ok, at gunpoint I have to say I am thinking more about EXCITER heavy metal maniac than Bathory, if I should try to explain my sound these days.
In a recent interview i said future Darkthrone songs from me will sound like ASTA KASK and PUKE at least, with some speed heavy black metal on top. Yeah. But I never make plans, I just recorded my song and I haven't made a new one.
The next song will simply be what it becomes, I refuse to have a "design", a master plan. It's just honest LOVE of old school metal for me!!!



What is the reason for not playing live shows? Is it the fear of not being able to replicate the aura?

I could write not one, but TEN books on why I dislike playing live. Is it hard to understand that not EVERYONE likes it? I mean, not even everyone likes Iron Maiden (as hard as that is to believe!).
I hate travel, I hate waiting, I have enough people in my life, I hate crowd mentality, I hate that live sound sounds nothing like the record, I hate having to trust others (I never will), but most important of all ... ah, let me tell ya: I NEVER DREAMT AS A CHILD TO BE ON A STAGE, MY ONLY WISH WAS TO RECORD ALBUMS. And I made it!

Do you have any favourite release of yours?

Fave releases, not really, I have fave songs and fave PARTS in songs, that works particularly well for me. It is impossible to explain how ones band looks from within, and it is impossible for me to see the outside of Darkthrone (like you all do). "It is the curse of the CREATORSSSS!"
The song we are closest to with our freestyle sound is of course our epic track from 1988, SNOWFALL. We both like that song a lot.

That is an unexpected answer since it was 20 years ago. Do you wake up thinking that the best days for Darkthrone are still to come or you just take it as it comes?


Well, I HAVE to take it as it comes. A normal week is getting around 100 requests, and I say yes to 5 (normally interviews or trades or everything you can think of - we get an UNREAL amount of offers of all kinds. believe me).

Many people really try to plan their bands, and I can't say that that is wrong, it's hard for new bands to find a new ANGLE these days.
But in DARKTHRONE it is a minimum of planning, we are driven by our freshness that comes out of my musical studies "the one who heard the most music wins" and Ted's constant presence, steady as a rock.

Interesting. Last question Fenriz, thank you so much. Do you still think the next thousand years are ours?

Not just ours, but maybe some of the active bands I support:
BOMB STORM, BLIZZARD, HELLREALM, CHEMIKILLER, WHIP, TRENCH HELL, HELLSHOCK, REPELLENT, SPEED TRAP, CAST IRON, RAZOR FIST, SADISTIC INTENT, VULCANO, OBLITERATION, GHOUL CULT, HELLISH CROSSFIRE, BANISHED FORCE, SLOGSTORM, ENSLAVED, BLÜDWÜLF, DEATH BEAST, WAR CRIMES, BASTARDATOR, FAUSTCOVEN, CREEP COLONY, TYRANT, NATTEFROST, CORRUPT, WORLD BURNS TO DEATH, NEKROMANTHEON, ENFORCER, NOCTURNAL, JEX THOTH, DEATHRONER, SONIC RITUAL, MÄNIAC, MORNE, ALPHA CENTAURI, DEMON'S GATE, DOOMED BEAST, RESISTANCE, KARNAX, EVIL ARMY, WITCH, VIRUS, AURA NOIR, ORCUSTUS, LONEWOLF, THE DEVIL'S BLOOD, FARSCAPE, VOMITOR, OLD, DEATHHAMMER, EM RUINAS, ATOMIC ROAR, SALUTE, THE BATALLION, ZEMIAL, GASMASK TERRÖR, EIDOMANTUM, PORTRAIT...
...And don't forget to listen to MANILLA ROAD!!!

Depois de Dune, David Lynch realizou Blue Velvet em 1986. A inocência em Lumberton desfaz-se quando uma orelha é encontrada por Jeffrey Beaumont e ele é imerso numa onda de perversão. O filme é excessivamente longo e enfadonho, no entanto serviu de base para a temática que havia de ser desenvolvida em Twin Peaks e os seus ambientes.

Amália de Carlos Coelho da Silva é o filme Português distribuído em mais países, de sempre. Não me compete a mim discorrer sobre a veracidade desta biografia ficcionada, mas em termos cinematográficos, é um filme mesmo muito bom. A negatividade que paira é quase material de pesadelos, alegrada pela Lisboa dos pátios, muito bem retratada. Sandra Barata Belo é soberba e depois de um filme tão mórbido, saúda-se aquele final.

A estrutura meticulosamente perfeita d'A Morte de Ivan Ilitch, escrita por Lev Tolstoi e publicada em 1886 é uma das mais belas considerações sobre a vida.
Da total ausência no primeiro capítulo, onde já está morto, nos consequentes capítulos temos acesso ao âmago de Ivan Ilitch, as suas apoquentações derivadas da doença.
Com todo o sofrimento físico, Ivan recusava-se a morrer, mesmo sabendo ser inevitável, sendo o único alívio, aquele que iria dar aos familiares.
Ido o medo, pode alcançar a morte com felicidade, pois mereceu-a.

"De resto, para quê falar, é preciso fazer"

O número de páginas (noventa), não corresponde à dimensão da obra.

Numa nova edição do filme de família E.T., Spielberg juntou um segundo disco recheado de entrevistas actuais ao elenco (quase todos parecem sem-abrigos à excepção de Spielberg) e deu destaque à banda sonora de John Williams. Em termos de imagem, o filme está bem cuidado, no entanto a história do extra-terrestre que quer ligar para casa para insípida e exageradamente circular, vista aos olhos de hoje.

Uma actriz que se remete a um silêncio vitalício vê uma enfermeira ajudá-la. Quando toma conhecimento da opinião, a enfermeira percebe que as intenções da actriz são maléficas, e tendo-se exposto, procura agora A Máscara para também ela se tornar uma reclusa. O duelo silencioso entre elas só sofre uma quebra aos 45 minutos, para desconstruir tudo.
Realizado por Bergman em 1965, as incríveis representações das duas actrizes lançam o mote para um cinema introspectivo, analítico e de forte veia literária que viria a ser explorado mais tarde pelo Sueco, e cuja sobriedade deste filme ainda hoje é referenciada, num filme muito cru.

Depois da barreira do meio século foi editado este volume As Salas de Cinema, Os Protagonistas, E Os Filmes Do Cine Clube de Viseu, escrito e amplamente pesquisado por Fernando Giestas. Para além do destaque dado aos problemas em encontrar salas e sede, as desavenças politicas e o financiamento marcam quase toda a história do CCV. Uma obra de divulgação sobre uma obra com pouca divulgação. Em 1996 havia uma média de 10 espectadores, dez anos depois eram já 50, mas o CCV parece contente com o serviço 'as escolas em vez do serviço 'a cidade.

The National Gallery in Wartime dá primazia aos belíssimos registos fotográficos, desde o falso alívio dado por Neville Chamberlain até 'a troca de director no final da II Guerra.
Desde os raids de zeppelin da Primeira Guerra que havia sido estabelecida uma lista de casas dispostas a albergar as obras da National Gallery em caso de perigo, mas estas acabaram por ficar no tunel de Aldwych, já então em desuso.
Na Segunda Guerra, apesar da recusa inicial do primeiro ministro, foram transferidas para as montanhas Galesas, isto apenas para serem devolvidas no dia seguinte. Esse teste, serviu no entanto para ajustar os arranjos que no mês seguinte levaram as pinturas para Gales durante quatro anos.
Entretanto, houve uma troca para os salões de minas ajustadas, ainda em Gales, dada a impraticabilidade de ter tamanha colecção dispersa por casas particulares que iam ser necessárias ao esforço de guerra.
A National Gallery, manteve-se um local de cultura, com os concertos organizados pela pianista Myra Hess a despertarem o interesse de toda a cidade, prevalecendo mesmo sob bombardeamentos. Nos dez anos após a guerra foi restaurada, elevando-a do caos de vidro e ferro que deixou muitas salas inutilizáveis.
As fotografias são fantásticas, e existe igualmente uma versão em DVD com filmagens da época.

Mais uma expansão para este blog. A minha mãe lê-o de vez em quando, pessoas de bem passam por aqui, ainda assim achei por bem dar este espaço à Andy San Dimas. O que é que ela faz? É boa rapariga, mas ganha dinheiro a fazer filmes pornográficos. Não que eu perceba muito da área (juro, mas sou capaz de encaminhar interessados para pessoas com vastíssimos conhecimentos na área, que rivalizam os de Benfiquistas com a história do seu clube). A entrevista foi feita em Inglês, portanto não faria sentido estar a traduzi-la.

Hi Andy. First of all, "regular" people have no idea what do porn actors actually do besides porn. Do your friends care about it? On 1 to 10, what would be the importance of porn in your life? (Not counting with the money income obviously.)

It's always weird to me that I'm not considered a "regular" person, because everything I do seems so normal to me. I'm not what you would expect...I rarely party and I'm more into being at home with my boyfriend than I am into being out at a bar. I actually hate going to bars haha. I spend my days playing video games and lurking the internet. none of my friends really care about what I do...they forget that I'm even involved in the adult industry most of the time. like I said before, I'm not a crazy/slutty person in reality. I'm a good person, so things like that don't even matter to them. Porn is kind of important to me, but not really. I don't even watch it very much anymore... actually I lied... I watch my own stuff a lot. I have to tune other people out because I don't want their style to influence mine... so I give it a 5 or 6.

Do you get people recognizing you on the street? Any stories involving old dudes or mothers with kids coming to you?

I have been recognized in public a few times...everyone who has come up to me has been very nice/respectful. mothers with kids are actually some of my biggest fans! You would be very surprised!

You can't be attracted to everyone you do a scene with, so how do you go around that to still keep it interesting for the buyers? Or you only do it with your boyfriend, as I got the impression from your myspace?

My boyfriend and I both work with other people, but keep our relationship monogamous off screen. its true that sometimes you work with people who aren't so hot...but most of the time they are very professional and make you feel very comfortable and that's what keeps the scene going. I really love working with my boyfriend though...he is the best. We both know how the other one works so well that it always makes for a hot scene.

Where do you see yourself in 5 years?

Married to my boyfriend and living in Los Angeles. Still doing porn and more well known...with more money haha.

Is the porn business really worse than high school when it comes to bitching?

Ehhh kind of...people are either wayyy more uptight and catty or wayyy more relaxed and nicer, it's a world of extremes. I stick with the nice people.


Why did you choose Andy San Dimas? Do you really have to use a porn name or is it "well, now that I am here, I can treat myself with a porn name"? (Her real name is much more common, trust me)


I chose Andy San Dimas back when I was in high school and porn was just a daydream for me. Andy is the name of the little boy in the child's play series and San Dimas is the town Bill and Ted live in. I'm a huge Keanu fan. I have a big framed picture of him in my kitchen. you don't HAVE to have a porn name, but since my real first name is so boring I figured "why not be weird?".

Feel free to advertise upcoming projects!

I have a few new movies coming out...both directed by avn award winning directors (EON MCKAI & JACKTHEZIPPER).

She actually gave me links to promote stuff that she has coming out, but this message was displayed:

You have reached a link that is no longer in service. That means the link was very naughty, and, much like head lice, had to be eliminated before it spread.

I think it might be a good sign of the quality!

Last question, what is the best hardcore band ever?

This is such a hard question... I can't really decide between old favorites, so I'm just gonna use this opportunity to give my boys in TRAPPED UNDER ICE a shout out. ESSEX WHAT!

Saaanks! Andy rules and you know it. Now if you like porn, go give her some money.

Uma adaptação de 1968 feita por Roman Polanski, Rosamary's Baby é uma espécie de The Shining refinado. O ritmo do filme é soberbo, bem como a capacidade de disfarçar a quantidade de prenuncios de morte que acontecem mas passam discretos. Horror de charme.
O final tem tanto de aterrador como de estupendo, sendo o culminar das tensões que Rosemary vem a sofrer com o possível destino do filho que vai ter, sendo incapaz de confiar nas pessoas que a rodeiam.

Possivelmente dado ser já de 2007, talvez por ser no Montreux Music Festival (só Caucasianos na plateia), a Wu Tang Live at Montreux não desaponta mas também não atinge os níveis estratosféricos que eles são capazes. Não quer isto dizer que fazem as coisas por meia medida, no final de contas ainda é Wu Tang. Com todos os membros menos o ODB que já tinha morrido, e mais umas adições como o Cappadonna, percorrem os clássicos todos, bem como muitas faixas dos albuns a solo como Do U Really, Ice Cream, Shimmy Shimmy Ya, Liquid Swords e Da Rockwilder.
O Rza é o mais comedido, como é habitual nos concertos com o grupo, e o Method faz jus ao Iron Lungs, dado que começa calmo, mas pela quantidade de vezes que é visto a fumar, começa a soltar-se por mais do que habituação 'a sala. Todos os outros são extremamente competentes, numa ocasião fantástica para ver os oito em palco reunidos pela primeira vez desde a morte do ODB, numa gravação de alta qualidade.

A vida da Peter Beste durante oito anos foi viajar da América para a Noruega, totalizando 13 visitas, cerca de sete meses no total. Conseguiu penetrar no Inner Circle e ser aceite pelos membros das bandas mais carismáticas e True Norwegian Black Metal é o resultado. Algumas das fotografias aqui contidas são das mais simbólicas do movimento, desde a capa com o Nattefrost e a cruz invertida, 'a solidão do Gaahl rodeado de gelo, o Frost com as chamas na caverna, e aquela que para mim define o sentimento do Black Metal, o Kvitrafn na altura de Gorgoroth, na rua.


O livro é em formato coffee table portanto com páginas enormes, mas com um preço de capa de $60. Apesar de ter sido publicado pela Vice, neste momento está apenas dísponivel no website de Peter Beste.
Como complemento 'as fotografias, a parte central do livro, as implicações sociais são mencionadas, mas o destaque é dado 'a sobriedade destas individualidades e a beleza grotesca que anseiam projectar. Várias personalidades dão a opinião e traçam momentos importantes que definiram e levaram 'a consolidação desta arte reaccionária dos anos 90.
Incluida vem também um arquivo de alta qualidade com o célebre artigo da Kerrang que despertou a policia para as igrejas queimadas na Noruega, bem como vários números da Slayer onde se incluem entrevistas a Mayhem, Burzum e Emperor, uma carta acerca do suícidio do Dead, um press release da Hellvette aos compradores a explicar o motivo do encerramento e fotografias de arquivo.
Juntamente com o Lord of Chaos, True Norwegian Black Metal é o testemunho visual desta arte niilista e misantrópica.

It is important to point out that black metal is not like punk was, a group rebelling. It is every man for himself. It isn't like "all for one, one for all". It is individualism above all and 'unfortunately' a childish self-centeredness - Fenriz


Foto por Miguel Meruje

As pessoas gentis do Bodyspace decidiram chamar-me ilustre. Meteram-me junto com um bando de corréssios a falar de musica. Os outros ilustres são pessoas de quem eu nunca ouvi falar ou então, não tenho interesse em conhecer, considerando as respostas fornecidas. Sentimento de pertença, no entanto. Obrigado Bodyspace, pela consideração.

A lista pode ser consultada aqui. Eu sou o rapaz de Organic Anagram, para quem não sabe.
Desta vez vem o Netz da Torre da Marinha. Já o conheço desde que vivi em Lisboa, entretanto reencontrámo-nos em Londres e ele regressou a casa, mas já tem ideia em voltar. Numa altura em que não havia mais ninguém eramos só nós que iamos a concertos, aproveitar a vida de perdidos mesmo. Bons tempos. Aproveitem para ver a banda dele, Steal Your Crown.


Circa 2006. Netz a dar ares de grandeza e eu a estragar-lhe a foto.

Anagrama Orgânico : Vamos lá fazer aquilo que te mostrei em cima.

Netz : Só não tou a ver é o que e que queres que saque. Mano que é que queres que saque do site, não apanhei?

Não quero que saques nada. Já abriste o blog?

Ahahaha calma. Só agora é que percebi, estava com a cena do Mac e do Cs3 na cabeça.

Eu vou-te perguntar as cenas. Dou por aberta a sessão.

És fodido. Já tou a dormir

Andas a estudar e a trabalhar, o que é que fazes em concreto, e que planos tens?

Trabalho na Pioneer... é ok.  Dá umas quantas dores de cabeça (e de costas) e muitas desilusões ao final do mês. Comecei o curso de desenhador/projectista em Outubro no INEPI e os meus planos para o futuro são acabar o curso com uma nota agradável, explorando sempre ao máximo a área do curso. começar a trabalhar, ganhar experiência  de maneira a que me torne um bom profissional!

Queres adiantar o nome da banda que nos vai por a tocar beatdown na Tv?

Eu ia falar mais... mas se queres directo tasse bem!

Ahahah Não, continua lá que eu junto as cenas, não quero que te falte nada!

Como já sei que portugal nao é definitivamente para mim, irei concerteza emigrar pela segunda vez para Londres e tentar safar me professionalmente de maneira a que volte para portugal com muito "tempo" para investir e passar o tempo a viajar,conhecer o mundo e explorar os vários interesses que tenho..seja cinema,musica..etc
Essa pergunta do beatdown é a serio? Ahaha.

Sou eu a entrar... Cinco álbuns e os mesmos filmes, já sabes.

Sheer Terror - Just Can't Hate Enough
Bulldoze - The Final Beatdown
Wu Tang Clan - 36 Chambers
Gza - Liquid Swords
Fury of Five - tudo principalmente as faixas das demos e comps

Lock Stock and 2 Smoking Barrels
Godfather a triologia
Scarface
Pulp Fiction
Goodfellas

Tá-se, gangster

Ahah. Já sabia!

Por fim, é contares uma história comigo ou qualquer cena que te lembre de mim. Quer isto dizer, que não podes falar de Mangualde nem da feira de São Mateus. (São coisas que inexplicavelmente o fazem lembrar-se de mim)


Ahahahahahahhaaha Ia mandar uma dessas, mas já estou a ver que não dá! Eu tenho a pior memória de sempre...

Deixa ver se eu me lembro...

A viagem a Barcelona rendeu...

Barcelona sim. já iamos lá dançar uma flamencada. Já sei, descreve os concertos do 12bar em que eu te consegui tirar de casa.


Desde viagens a Barcelona , ficar em tua casa na minha primeira ida a Londres onde o Tofu não queria tomar banho e tu a dizeres ao Nuno que ninguém fode na minha casa aahhaahahah, à chamuça que vivia contigo e aos vários concertos em que me acompanhaste como um real bruv e onde vi das cenas mais pesadas de sempre desde bandas a foderem tudo a gajos a sairem disparados pelas portas de emergência....enfim.

O Tofu chamou-me hipocondríaco no outro dia, quando apanhei um vírus no estômago, por isso essa cena vai aparecer lá!
IT'S A WRAP


Agora do nada, lembrei-me da chamuça que vivia contigo, granda abuso! Grande clássico!

Espero que tenha morrido, ela e os caris dela.

Não vou estar a analisar nem os filmes nem os livros a esta hora (até porque já os vi mais de dez vezes), mas queria apenas recomendar aos frequentadores deste tasco, tirarem um dia para ver a trilogia do Lord Of The Rings na versão aumentada, toda de seguida. Hoje comecei por volta das 5 da tarde, são neste momento 3 da manhã e já ultrapassei a metade do Return Of The King. O motivo da falsa hora deste post, é para não retirar o destaque ao que se encontra em cima.

Por fim, só o momento de singular beleza que é a canção da Arwen.



With a sigh you turn away
With a deepening heart
No more words to say
You will find that the world
Has changed forever

And the trees are now turning
From green to gold
And the sun is now fading
I wish I could hold you closer

David Birmingham, um Sul-Africano, editou pela Cambridge Press esta Concise History of Portugal. Habituados como estamos a ser negligenciados em todos os manuais escolares dos outros países, até surpreende que se mencionem Camões, o Século XVI, Pessoa, vinho e agricultura. Para Birmingham não existe muito mais do que isso também. O estilo de escrita não é cativante e tem uma perspectiva que visa a exportação da obra, claro, principalmente nos problemas com a Aliança Inglesa, mencionada, mas indevidamente deixada impune. A necessidade sentida da libertação de Espanha séculos antes é também alvo de alargada análise. Numa era mais moderna, prende-se muito ao comércio do vinho, e em estatísticas que podem ser questionadas, não pela validade, mas pela relevância.

Bu San (Adeus Dragon-In) de Tsai Ming-Lian é uma experiência visual única. Primeiro porque se restringe a isso, as únicas vozes do filme são o que passa no cinema onde outro filme é projectado. Um espectador começa a ter visões dos actores a aparecerem ao seu lado e explora essa vertente fantástica, no entanto esta espécie de Resident Evil em silêncio é um suplício de assistir, dado ser uma constante repetição de cenas, e não há forma de romancear isto.

Toda a Gente Diz Que Te Amo, um clássico de Nova Iorque/Paris do Woody Allen é uma comédia musical que só ganhava se cortassem todos os momentos musicais, e que parece agora bastante datada. Se bem que a familia de que a história trata tenha carácter e as várias personagens se enquadrem bem, o estilo de narrador em voz off soa a filme de tarde da televisão. Ainda assim, Woodie Allen a desbobinar como actor, respira carisma, e a homenagem ao Deus Groucho não passa despercebida, incluindo no título do filme.


Segunda experiência Jeunet e Caro, conclusão : não. City of Lost Children já com mais de 10 anos, da referida dupla Francesa. Em termos estéticos é fantástico, apesar de os cenários não terem profundidade nenhuma. Em ultima instância, o guião não acompanha a cenografia e o filme é mal musicado. Apesar de as interpretações não serem anda de avassalador, são competentes, ainda que o filme pareça uma desculpa para passar de cena em cena, belíssimas, é certo, mas destituído de conteúdo.
Relativamente ao concerto de dia 13 de Dezembro, estou no site da Fnac.


Estranho.