Do ano transacto, Bobby Fischer Against The World é um documentário sobre o brilhante jogador de xadrez com a personalidade que lhe deu tanta fama como as capacidades no tabuleiro, que não era filho de um Fischer e só o soube quando o pai biológico morreu. Fischer é retratado como um homem isolado, chamado de arrogante e infantil, mas dedicado ao xadrez. Enquanto jovem, foi admirado pela sua inteligência, até pela dimensão política dos jogos contra os Russos, Fischer representava não só o seu jogo, mas o mundo ocidental, e a pressão afectou-o.
Em criança chegou a ir numa digressão e a jogar contra 40 pessoas ao mesmo tempo, ganhando a todas. Essa é a verdadeira dimensão de Fischer. O foco principal do documentário é a Partida do Século, com Spassky, e depois os seus problemas psicológicos, perseguido pelos Estados Unidos. Apesar das muitas recusas e cancelamentos, ele ganhou todas as partidas e torneios em que entrou depois dos 23 anos, e pôs o xadrez na primeira página dos jornais. O seu aspecto mais controverso, advém de apesar da mãe ser Judia, ele odiar esse passado, e os seus comentários a Israel serem carregados de ódio, bem com aos Judeus que controlavam os EUA. Fischer dizia que em vez de ser um génio do xadrez, era um génio que jogava xadrez. Se ficou perdido ou se era ele que tinha razão, é incerto, mas que foi um ser brilhante, que felizmente pôde viver os últimos dias em paz na Islândia, depois da perseguição que os EUA lhe fizeram, levando-o a viver no Sudeste Asiático.

Uma família muda-se para uma casa onde todos os anteriores donos pereceram, e nessa American Horror Story , as personagens com que se cruzam na casa e no bairro tanto podem ser vizinhos como fantasmas que só eles vêm. O que parecem ser visitantes não-desejados da casa, acabam por estar todos ligados a esta, em busca da felicidade.
É uma série muito bem escrita, com um desenvolvimento interessante, bem como pormenores violentos que irão satisfazer um outro tipo de audiência, mantendo o apelo familiar de uma grande série de ficção.

Rising Son - The Legend Of Skateboarder Christian Hosoi
No seguimento de Stoked e The Man Who Souled The World, Rising Son é também sobre uma das figuras mais marcantes do skate e da sua explosão mediática. Figura de proa de um movimento de um movimento que explorava a imagem, mas que maltratava as suas figuras quando atingiam um estatuto mediático, Hosoi foi também vítima das pressões e drogas. Neste documentário, com muitos testemunhos de personalidades relevantes para o skate dos anos 80, a vida familiar, a ascensão no início dos anos 80, o dinheiro, os excessos que o levaram à prisão por drogas e por fim, a acreditar em Deus, e a resolver ter uma vida mais calma, com uma mulher cá fora. Tal como os dois documentários referidos acima, fundamental a quem se interessar pelo tema.

O regresso de David Cronenberg com Um Método Perigoso foi arriscado, sendo uma interessante exercício de ficção, mas com pouco de verdade. Baseado numa peça, tem Carl Jung e Sigmund Freud como as figuras masculinas. O primeiro, aceita trabalhar com uma Russa, Sabina Spielrein, na tentativa de a recuperar, ora utilizando, ora rivalizando, ora suplantando os métodos de Freud. Acaba por se tornar sua amante, e de se afastar de Freud, numa relação algo distorcida do que terá sido a realidade. Ainda assim, um apontamento aos sotaques estranhos empregues (uma Inglesa a fazer de Russa usa sotaque Americano, enquanto que um Americano, a fazer de Austríaco, faz sotaque Inglês?), bem como a péssima tradução Portuguesa, com erros de tradução praticamente de três em três falas.

Bastante comentado, Sangue Do Meu Sangue de João Canijo é sobre uma família Portuguesa na tradição da Zona J/Pedro Costa, que parece ser onde começa e acaba qualquer tipo de família Portuguesa. Desempregados, malcriados, maus casamentos, maus relacionamentos, desencadeiam uma filha metida com um professor casado, que é um caso clássico de deslumbramento, leva a mãe a querer desmanchar esse arranjo. O problema é que ela está grávida, e ele é o pai dela. É um filme curiosp, mas não é o que fazem dele, com pouco movimento no fundo, ficando as histórias no ar.

Will Ferrel como Ron Burgundy, um repórter em San Diego com queda para o álcool mas extremamente popular, tem uma intromissão. Uma mulher entra para o departamento e apaixona-se por Burgundy. Para chatice dos colegas, passa a ser a co-apresentadora. Ele sente-se ameaçado e com as coisas que faz, vira o público contra ele e é despedido. Anchorman é bastante engraçado e com boas piadas e actuações.

College Conspiracy é um documentário muito relevante, com um assunto fulcral nos tempos modernos. Parte da premissa que as escolas destroem a criatividade, e de que a ideia que é constantemente vendida de que o único modo de atingir o sonho Americano, é indo à universidade, é falsa.
O preço dos livros, das propinas, pesa em muito, num negócio em que os administradores ganharem rios de dinheiro em vez de se preocuparem com os estudantes. Isto num sistema sem liberdade onde se é obrigado a pensar de certa maneira. Paralelamente, o esquema de empréstimos, por já ninguém conseguir pagar a universidade aos filhos, é exposto, tendo um total de dívidas maior do que a dos cartões de crédito nos EUA, num clima em que, mesmo não havendo trabalho, é preciso pagar os empréstimos. Ao mesmo tempo, outras facetas do negócio amontoam-se, como o dinheiro empregue nos desportos universitários, ao invés dos cursos. Os custos deste, aumentam, mas o valor deles na sociedade diminui, sendo que os licenciados já não ganham mais do que aqueles que não pagam o investimento. Muito relevante.

Algo perturbador, Sons of Perdition é um documentário sobre miúdos que fugiram da cultura Mormon e têm de se orientar por eles próprios, para fugir da poligamia e outras ordens de uma cultura onde preferem partilhar o marido, inclusivamente com as filhas, pela salvação numa vida póstuma. As mulheres não pensam, não têm uma educação, só têm filhos, e é destas correntes que os jovens fogem, pouco preparados para o mundo real.

O Melancómico de Nuno Costa Santos é um pequeno livro com frases sobre a existência, a natureza humana em pequenas frases-racicionío desenvolvidas pelo autor na sua vida diária. Algumas verdades ditas a brincar, e pensamentos inteligentes com humor, sempre com o medo de que a tecnologia vá tomar conta das nossas vida.

Um tipo de dança inspirado pelos palhaços de aluguer nas festas em South Central é o motivo central de Rize, um documentário bem disposto, numa história com vários pontos tristes. Curioso.

Desde o começo como Utopia até à mudança de um tipo de som mais sério para o popular que os celebrizou, as Mamonas Assassinas levaram o seu som com trabalho árduo a vários pontos do Brasil. Mamonas Para Sempre é um documentário muito divertido, com muitas imagens deles e das pessoas que os rodeavam nos concertos e no estúdio. Uma história bonita de cumprir sonhos, que teve um final trágico, como se sabe.

Argumento escrito por Nick Hornby, tal como o livro original, Fever Pitch é sobre a paixão de um homem pelo futebol, que começa por ser levado pelo pai divorciado. O clube que apoia é o Arsenal, e se o filme tem momentos curiosos, é bastante entediante, na realidade. A namorada fica grávida e ele tenta esquecer a obsessão pelo Arsenal e preocupar-se com outras coisas, mas é o clube que lhe traz as melhores recordações. Suponho que exista uma outra versão Americana com baseball, mas este é mesmo o filme de 1997 com Colin Firth.

Um tiroteio num restaurante é investigado por três polícias de Los Angeles, levando a uma série de ligações ao crime organizado. Nada de mais, LA Confidential.