Imaginemos o século XVII. Uma humanidade a acordar para outros valores, diferentes interesses a atingirem camadas da sociedade que até então estavam alienadas, tendo prazer apenas em actos de violência, e eis que em Inglaterra um cego dita por via oral doze livros que dissecam a relação entre homem e Deus, as vias entre ambos e a sua relação com o mal, numa poesia inqualificável na sua beleza e profundidade. Paradise Lost de John Milton é isso.
A minha leitura do livro foi muito leviana, pois a analisar isto como qualquer outro livro levaria anos. A particularidade é que é mesmo um livro único.
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