De Michael Radford, O Carteiro de Pablo Neruda é um dos primeiros filmes de adultos que eu me lembro de ver (a par do Cinema Paraíso e O Clube dos Poetas Mortos). É sobre a relação enternecedora, em que o poeta ensina o carteiro a sentir. A partir de uma vila piscatória, é uma ficção, supondo que por causa da dedicação Marxista do Chileno, se teria isolado em Itália. Em vez da Isla Negra no Chile, a acção é transposta para Itália. Nessa localidade isolada, é a de Neruda a única casa onde o carteiro tem de ir, estabelecendo uma relação com o escritor Chileno, que tem de receber as cartas das adoradoras e do povo. Vendo o sucesso que o poeta fazia entre as mulheres, o carteiro pede que ele lhe ensine a usar as palavras, a alguém que quer transmitir sentimentos mas não tem o vocabulário para conquistar uma mulher.
O fim do suposto exílio de Neruda acaba depressa e com isso o filme perde alguma vivacidade, mas talvez pelo valor nostálgico, continuo a achar que este é um grande filme.
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