Mais uma vez, este é um post algo incaracterístico, mas já que me abrem as portas e me facilitam as coisas sem pagar, só devo é promovê-lo e partilhá-lo, até porque são três iniciativas bem interessantes. A primeira é a empresa de Henry Lydiate, que se especializa na arte como um negócio, e nas especificidades da lei mundial. Estive quatro horas a ouvi-lo e foram bem passadas, e para quem quer montar um negócio, ele conhece os meandros da lei a serem explorados, era amigo do Francis Bacon e arranjou o negócio que permitiu ao Charles Staatchi juntar-se à Phillips de Pury para comprar a galeria de Chelsea.

O colosso que é a sede da Vitra na Alemanha, tem um showroom e a área de escritórios condizentes em Londres. Para se ter uma ideia, os edificios da sede da Alemanha têm desde pavilhões de Frank Gehry, casas da Zaha Hadid, bombas de gasolina de Jean Prouvé ou edifícios de Casper Hamilton ou do Português Siza Vieira. Podem ler mais sobre a sede aqui. Para além das preocupações em preservar o legado de peças icónicas do design através de reproduções autorizadas, eles especializam-se em peças novas. As pessoas que me receberam eram bastante atenciosas, e é óptimo poder ver e sentir tantos marcos do design do último século. A abertura enquanto empresa, desde o CEO que corre o mundo a procurar novos colaboradores, até às dezenas destes que estavam nos escritórios de Londres e que recebiam toda a gente a meio do trabalho, façam que seja uma empresa bastante apetecível e competente.

Em último, agora que passaram pouco mais de 20 anos desde que o fundador das lojas Habitat abriu o Design Museum, que agora tem uma exposição do trabalho de Dieter Rams. Numa época destituída de qualquer glamour em ser design, este funcionário da Braun, director criativo, apegou-se aos seus conceitos minimalistas e criou um dos mais reconhecíveis legados da forma, focando-se na simplicidade dos objectos e na capacidade destes não nos baralharem a vida (o que é dizer muito, ao atribuir-lhes a capacidade). Um dos aspectos perceptíveis do nível conseguido, é a maneira como influenciou as criações futuras da marca, mas também a facilidade com que se percebe de imediato para que servem os objectos. É possível ver imagens da exposição aqui, vale a pena para ficar com uma ideia melhor do tipo de produtos icónicos que ele desenhou (Apesar de eu escrever para o Hypebeast, essa entrada não foi feita por mim).
Por fim, e a atestar a coerência e inteligência de Dieter Rams, ficam os 10 princípios do design estabelecidos por ele. Não só são válidos, como se comprova que ele os seguiu:
Good design is innovative.
Good design makes a product useful.
Good design is aesthetic.
Good design makes a product understandable.
Good design is unobtrusive.
Good design is honest.
Good design is long-lasting.
Good design is thorough down to the last detail.
Good design is environmentally friendly.
Good design is as little design as possible.

Comments (1)

On 10 de fevereiro de 2010 às 10:13 , Ema disse...

excelente post. já tinha ouvido falar no Rams e nos seus clássicos 10 princípios, mas desconhecia muito do que falaste aqui...boas coisas para explorar num tempo livre :).