Mais um volume da série Introducing dedicado à filosofia, desta vez Rosseau, que sempre negou ser filósofo e acreditava na singularidade do individuo.
A morte da mãe, o abandono do pai e a Mme. de Warens a dar-lhe uma casa e afecto quando ele não estava em viagem contribuem para uma psicologia algo irregular, com tendências dúbias, que fazia alguns dos seus pares distanciarem-se (e muitos outros ajudarem-no).
As máscaras que cada um usa para tentar ser o que os outros esperam deles e o controlo da sociedade, a dissimular medo por charme foram alguns dos problemas sobre os quais ele escreveu, a par da procura duma simplificação da linguagem, pois Rosseau defendia que o método simples de sinais seria o mais eficaz.
Sobre assuntos já discutidos, ele trouxe alguma polémica, como por exemplo a natureza do ser humano, que ele defendia ser puro na essência, mas corrompido pela sociedade. O contracto social com o Estado, para Rosseau, existe para nos defender dos nossos similares, que pode ser apelidado de "querer geral", que nós reconhecemos ser conveniente para trazer ordem.
Foi um pioneiro da psicologia dos bébés, e instigou a luta pelos direitos das mulheres no livro 'Émile' pelos motivos mais errados. No seu discurso existem vários erros e becos, sendo incoerente, a começar pelo totalitarismo (inocente) da sua visão de governo. As pessoais mas literárias 'Confissões' e os 'Diálogos' são um testamento do seu estado mental, pois à medida que a paranóia aumentava, ele via-se como um alvo de todos. No entanto, a revolução Francesa e o Romanticismo pode ver nele como um dos grandes impulsionadores.
Sobre a escrita de Dave Robinson, nada a apontar. Sucinto, com humor e competente.
17:19 |
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1 comentários
Comments (1)
do pouco de filosofia que tive no secundário, Rosseau foi talvez dos poucos que me despertou algum interesse...talvez um dia vá parar a uma leitura destas.
e obrigado pelos parabéns! :D