Oedipa Maas foi ordenada testamenteira do espólio do antigo amante, sendo casada com um apresentador de rádio que é traumatizado por ter tido um stand de carros. O advogado encarregue de a ajudar no caso, outro advogado que foge de um cliente, um médico que quer testar drogas nela, o co-testamenteiro com quem se envolve, uma banda chamada Paranoids, são todos loucos. São essas as personagens de O Leilão do Lote 49 de Thomas Pynchon. É uma espécie de policial, que pelo meio mete romance histórico e uma longa descrição de uma peça inventada chamada A Courier's Tragedy, acabando o lote 49 por serem as falsificações de selos Tristero do falecido.
Oedipa Maas foi ordenada testamenteira do espólio do antigo amante, sendo casada com um apresentador de rádio que é traumatizado por ter tido um stand de carros. O advogado encarregue de a ajudar no caso, outro advogado que foge de um cliente, um médico que quer testar drogas nela, o co-testamenteiro com quem se envolve, uma banda chamada Paranoids, são todos loucos. São essas as personagens de O Leilão do Lote 49 de Thomas Pynchon. É uma espécie de policial, que pelo meio mete romance histórico e uma longa descrição de uma peça inventada chamada A Courier's Tragedy, acabando o lote 49 por serem as falsificações de selos Tristero do falecido.
Uma das melhores séries que vi, Sons Of Anarchy é acerca de um clube de motoqueiros de uma cidade pequena da California. Não há muito que possa dizer sem desvendar a história, portanto resta-me recomendá-la.
Bastante original, Innocense da Francesa Lucile Hadzihalilovic é um filme confinado a uma escola de raparigas numa floresta, isolada do mundo por um muro. De um caixão, surge a rapariga mais nova, que é guiada por um mundo onde quase não há adultos. Ela quer descobrir mais e compreender o lugar, mas as colegas não o permitem e a natureza volátil delas é expostas quando largam a alegoria e, atingindo uma idade mais madura, têm de sair para o mundo real.
Para além de baterista de Morrissey na fase inicial a solo, Andrew McGibbon, o autor de I Was Douglas Adams's Flatmate, é humorista e escreve para televisão e rádio. Partindo de um programa de rádio onde entrevista pessoas ligadas a famosos, surge este livro curioso onde se falam de coisas mundanas acerca de personalidades famosas. O primeiro entrevistado é um antigo colega de Cambridge do falecido Douglas Adams, autor de Hitchicker's Guide To The Galaxy, mas existem depoimentos muito curiosos, como um tour manager de Chet Baker, uma substituta da Billie Holiday que acabou por ganhar a sua admiração, uma secretária de Hemingway, uma bailarina branca da Tina Turner, uma paixão de Sam Peckinpah, o advogado de prisioneiros de Guantanamo ou Manuel, o estilista de Nashville, que entre todos os famosos, inventou os fatos pretos para Johnny Cash. Os relatos são também meditações sobre a vida que os próprios autores levaram, nalguns casos, bem a fundo.
Oitenta pessoas ligadas à arte contemporânea falam sobre o jogo, desentendimentos, álcool, drogas e outros excessos dos artistas. A natureza extrema deles é discutida em A Hedonist's Guide To Art, e o mais interessante são os comentários nas entrelinhas. As ideias, o estilo de vida fazem deste um volume bastante divertido, não ocupando cada texto, mais de três páginas. Foca-se principalmente no mercado Inglês e nos YBAs.
Compilado por Gabriel Kuhn, Sober Living For The Revolution contém manifestos e entrevistas de pessoas ligadas ao hardcore straight edge, de bandas como Minor Threat, Refused e Path Of No Return. O livro passa uma mensagem bastante política, até pelas constantes questões acerca da mudança para um cenário quase apolítico de hoje. Por eu não ter interesse no hardcore político, a parte das bandas SxE é a mais interessante, não as utopias pessoais de cada um. Editoras como a Refuse da Polónia e a Catalyst dos Estados Unidos fazem parte desta edição bastante extensa, com a reprodução de textos de diferentes causas igualitárias.
Work of Art é um concurso de televisão, uma espécie de reality show de artistas. A segunda época já foi confirmada, e a primeira foi bastante estimulante. Os artistas estão reúnidos numa casa e têm de criar peças de acordo com coordenadas específicas e com pouco tempo disponível. As personalidades deles, são obviamente curiosas, e é muito interessante ver arte assim discutida na televisão. É entretenimento com arte, o que para mim é fantástico.
Confesso que não conhecia o grupo alvo de Take One - A Documentary Film About Swedish House Mafia, filmado entre 253 concertos em 23 países entre 2008 e 2010. A música é péssima e sem gosto, mas está bem montado, sendo o melhor a amizade entre eles, os sítios onde vão, e o pior, haver quem lhes pague tanto dinheiro só para carregarem no play aos CDs.
Uma rapariga que se vê numa situação familiar complicada, não tem ninguém que cuide dela propriamente. The Unloved, Lucy, tem uma rapariga mais velha como melhor amiga, mas esta leva-a roubar, criticando a maneira como os serviços sociais falham aos orfãos.
Como já devem ter reparado, alguns dos filmes que tenho visto são aquilo que se designam por Hood Classics dos anos 90. Menace II Society foi dos melhores que vi. A sinopse é simples, um jovem tenta fugir aos perigos do bairro e ter uma vida melhor, mas com bons actores e bom desenvolvimento, vale a pena ver, por quem gostar do género.
Chegando ao oitavo episódio, com Harms Way, Righteous Jams, Converge, No Good Reason, Bracewar, Foundation, Hate e Like Rats, fica também aqui uma lista com todos os episódios que gravei até ao momento.
Basta carregar no número e vai até à página.
E.1
Burzum, Brujeria, Sunn 0))) com Boris, Mobb Deep e Necros.
E.2
Fântomas, Judge, NYHC, Black Flag, Hatebreed e Between The Buried And Me.
E.3
American Nightmare e Converge.
E.4
Sunn 0))), Converge, Darkthrone, entre outros.
E.5
Raekwon, Converge, Darkthrone, Burzum, Oathbreaker, All Out War e 27.
E.6
Converge, Mayhem e Modern Life Is War, entre outros.
E.7
Career Suicide, Underdog, Unbroken, At Our Heels, Wu Tang Clan e Cold World.
E.8
Harms Way, Righteous Jams, Converge, No Good Reason, Bracewar, Foundation, Hate e Like Rats.
Já aqui tinha falado dos livros do skater Scott H. Bourne, e este novo East Of The Adriatic mantém a mesma linha cuidada. São notas de uma viagem em Outubro de 2007 a países do Adriático, como a Sérvia, Macedónia, Albânia e Croácia, que Bourne fez com uns amigos em busca de sítios para andar de skte. Tem outras fotografias mais profissionais e desenhos de amigos dele a complementar, e pela primeira vez, as palavras são bastante cuidadas, o que não acontece nos poemas. Muito boa edição.
O coffee-table book da fotografia de Mike Blabac eleva o skate a arte, até pelas dimensões em que as reproduções aparecem. Décadas de trabalho revistas, pelas fotografias em catálogos, entrevistas de skaters, e algumas inéditas são complementadas por testemunhos da indústria. O começo no Michigan, a mudança para São Francisco e depois para Los Angeles para trabalhar para a DC são alguns dos passos, que têm como resultado as fotografias incríveis num tamanho enorme. As que mais gostei são as da Megaramp com o Danny Way e as últimas do Stevie Williams na DC, até porque foi uma fase que me marcou muito.
O livro-catálogo de duzentas e cinquenta páginas da exposição Keith Haring 1978-1982 foi feito em conjunto pelos dois museus que a recebem, Viena em 2010 e 2011 em Cincinnati. Nele são mostrados os primeiros anos de desenvolvimento da linguagem de Keith Haring, bem como a descoberta da NYC por este. Sketches, fotografias, experiências com palavras e vídeos compõem o enorme acervo reunido.
Escrito por Truman Capote em 1958, Breakfast at Tiffany's tem como ambiente Nova Iorque em 1940. Holly, objecto de desejo, morava no mesmo prédio e ia ao mesmo bar que o narrador nos tempos de guerra. Outro vizinho relata tê-la visto em África no presente, e começa assim a recordação de jovem de dezanove anos, que chega tarde a casa, visita mafiosos na prisão e dá festas em casa. Na realidade, casou-se no Texas com catorze anos. Depois de uma encruzilhada, foge sozinha para o Brasil, deixando o narrador com saudades. De alto nível. Incluídas, vêm também as histórias House of Flowers, A Diamond Guitar e A Christmas Memory.
O trabalho de uma vida para documentar o significado das tatuagens prisionais, Russian Criminal Tattoo reúne fotografias tiradas de 1989 a 1992. A linguagem das tatuagens é mostradas na fotografias dos corpos e em desenhos explicados, que descrevem o passado dos portadores. As guerras com a China, Mongólia e Afeganistão, bem como Pró-Soviéticos e Pró-Nazis são algumas das principais inspirações para elas.
Jorge Luis Borges e uma equipa de pesquisadores coligiu The Book of Imaginary Beings, dos seres mitológicos mais convencionais aos mais curiosos, seres criados pela imaginação do Homem. Alguns comentários humorísticos ao longo de cento e vinte entradas revistas para esta última edição, tiradas da literatura e lendas.
Da autoria de Sylvia Martin, Video Art compila mais de trinta artistas, cada um representado por um vídeo, que o elevam a forma de arte. Confesso que sou um céptico quanto ao meio, mas conhecer um pouco mais nunca fez mal a ninguém. Não acho que seja suficientemente interessante, no entanto os projectos apresentados são variados e percorrem vários patamares da evolução, desde os anos sessenta.
Da série de Pocket Guides da National Gallery, Landscape foca-se no estilo mais disseminado de pintura, o paisagístico. Como evoluiu, com exemplos da colecção do museu, a incorporação de paisagens na temática religiosa, e depois como começaram a aparecer nas janelas dos retratos, são passos na evolução. Culmina em John Constable e Joseph W.M. Turner, e depois no impressionismo e Van Gogh. Muito informativo e interessante.
Da autoria de Lars Muller, Helvetica é um livro de homenagem ao tipo de letra, à semelhança do documentário. Praticamente sem textos, é preenchido pelas imagens dos diferentes usos, com sinais públicos, cartazes, livros, entre muitos outros objectos a servirem de exemplo e inspiração.
Quinze arquitectos que definem a arquitectura do país, entre clássicos da modernidade e mais recentes. Em Architecture In France mostram-se vários projectos de cada estúdio, propostas muito desafiantes.
Como dá para ver até pela ausência de uma capa, Jaime de António Reis é uma peça rara. Realizado em 1974, tem como personagem um filho da Covilhã, Jaime Fernandes, trabalhador rural e que com 38 anos foi internado no hospital psiquiátrico. Começou a desenhar depois dos 60 anos, e é com esses desenhos e ruídos que se traçam a vida de Jaime. É experimental e vale a pena ver.
O primeiro filme de Paulo Rocha, Os Verdes Anos de 1963, demonstrou uma nova corrente do cinema Português, e acabou celebrizado pela música de Carlos Paredes. Lisboa é vista como uma metrópole, a cidade aos olhos de quem chega das vilas, nomeadamente Júlio, que vem tentar ser sapateiro. Conhece Ilda, da mesma idade, uma empregada doméstica, e assim existem os elementos para uma história de amor à Portuguesa. Ou nem tanto, pois ficando inseguro, acaba por matá-la. Tanto na história, como pelo próprio tempo real, os anos 60 demonstravam estas novas possibilidades, sendo este um bom retrato de uma geração que quis romper com tudo.
Toda a carreira de Kaws surge revista no último livro homónimo, de 1993 a 2010. Começa com a catalogação de muitos dos tags e murais que pintou, seguindo para os anúncios publicitários alterados, os vinyl toys e as colecções de roupa da Original Fake. Impressiona não pela versatilidade, mas pela multidisciplinaridade. Também tem artigos com alguma profundidade, uma entrevista, e depois em grande resolução, as pinturas das últimas exposições.
Ícone da beat generation e cultura alternativa, Allen Ginsberg gravou estes poemas com a sua voz, e eu tinha andado a ouvi-los, portanto é interessante ler. Howl, Kaddish and Other Poems reúne Howl, a sua primeira publicação enquanto ainda era o filho de um poeta, Kaddish, pela mãe morta e todos os outros, que concentram a atmosfera do que é a vida de rua, com álcool, drogas e desapego. Parece um discurso psicótico, em trance, uma declaração a uma geração de degenerados. Traz mesmo muitos poemas e textos, e Ginsberg sabe realmente usar as palavras, de onde sobressai uma amor por Nova Iorque. Os poemas com um tipo quase de prosa não são tão bons, mas é uma voz essencial da poesia do século passado.
Sendo o primeiro museu de arte contemporânea a ter uma secção de fotografia internacional, o Museu Ludwig de Colónia tem o privilégio de ter uma colecção sem par. A diversidade das diferentes doações e aquisições permite que seja feito um autêntico resumo do melhor da 20th Century Photography. Vários estilos, os maiores nomes, estão aqui todos, notável.
Nunca aqui menciono os filmes que revejo, no entanto, vale a pena remeter para a entrada de La Antena desta vez.
Vinte e quatro designers foram seleccionados para At Home With The Makers of Style, onde uma curta biografia e pouco texto completam a casa onde eles próprios vivem. As 200 fotografias de Grant Scott são o mais destacado no livro, e no fim, o curioso grupo tem os questionários reunidos sem imagens.
De Hajo Duchting, o livro dedicado a Wassily Kandinsky é curioso, contando os passos biográficos, mas também a carreira e amizades que foi fazendo, numa vida que levou o pintor pela Europa fora. O entrosamento da côr e forma são os pontos centrais do trabalho artístico e crítico de Kandinsky, que surge aqui bem resumido.
Se os títulos da Taschen primam por ser baseados nas imagens, este volume Art Nouveau de Klaus-Jurgen Sembach é um passo em frente, pois combina as imagens com uma análise muito intensa de várias localizações e momentos, havendo nove cidades em destaque, entre elas Weimar, Bruxelas e Chicago. É muito completo mesmo, nalguns temas quase a nível académico.
Com uma realização arrojada de Ben Hopkins, The Nine Lives Of Tomas Katz começa com um passageiro de um taxi que adivinha os sonhos e assume a personalidade do condutor. O fim das comunicações chega, a partir de Londres, e é tudo tão estranho que tem piada, com uma montagem muito engraçada.
Um casal perde o filho e a mãe é a mais afectada, não conseguindo apagar a dor da perda e por isso tenta apagar os traços da existência dele. Muito delicado e suave, fantástica actuação de Nicole Kidman e Aaron Eckhart.
Collapse é um documentário sobre a visão de Michael Ruppert, advogando que as revoluções são necessárias. Filho de pais ligados à espionagem, Ruppert fez carreira na policia de Los Angeles, preocupando-se com a importância do petróleo e o ambiente, a comida e o dinheiro. Ruppert diz que o que sabe vem da experiência de saber ler por entre as linhas das noticias e que devíamos retroceder para comprar só coisas locais. Tal como em outros documentários, importa analisar e retirar aquilo que acharmos melhor, e não acreditar em tudo, mas é muito interessante.
The Passion of Joan of Arc é um filme mudo, de Carl Th. Dreyer de 1927. Foi inicialmente censurado e queimado, e só a partir de uma cópia Dinamarquesa descoberta num hospício em 1981. A musica que puseram está óptima, e a edição da Criterion tem uma qualidade de imagem muito boa. O julgamento de Joana de Arte é o ponto central.
Três horas sobre o activista e linguista Noam Chomsky, muitas entrevistas e diferentes aparições, compõem Manufacturing Consent. Tem uma vertente biográfica, explica a vida de Chomsky, o crescer como Judeu, mas foca-se no seu trabalho e críticas, nomeadamente ao controlo das sociedades democráticas. Anti-guerra e contra a maneira como os jornais são geridos por corporações, influenciado outros media mais pequenos e a população, vale a pena despender o tempo para tomar contacto com Chomsky.
Filme Espanhol, Goya In Bordeaux capta bem a sumptuosidade dos interiores da última fase da vida de Francisco Goya, em que ele se exilou voluntariamente em Bordéus, surdo e doente. Ele continua a pintar durante a noite, e é pelas memórias que vimos a vida anterior dele. Os diálogos são em demasia, parecendo teatrical, no entanto, as cenas em que os quadros são desconstruídos para a vida real são bem executadas.
Basedo no livro Golden Egg, Spoorloos de 1988 é um filme Holandês de George Sluizer. Um casal, enquanto viaja por França, pára numa bomba de gasolina e a mulher desaparece. O namorado tenta sempre encontrá-la, e três anos depois, o raptor começa a contactá-lo. É marcadamente um filme de baixo orçamento, mas até tem bons resultados.
Com preponderância para as imagens, Toys: New Designs from the Art Toy Revolution é um livro editado pela MTV Overground e, surpreendentemente, até é interessante, captando bem a cena dos vinyl toys nos anos 2000, incidindo no estilo mais mainstream. Algumas entrevistas pelo meio de James Jarvis, Frank Kozic e Gary Baseman, entre outros, complementam o catálogo, com muita atenção aos bonecos de Hong Kong.
Tal como o nome indica, The Collected Fanzines é um livro que reúne oito zines de Harmony Korine, algumas delas com material do skater Mark Gonzales. A obsessão com actores é evidente, e praticamente são apenas palavras soltas, escritas à mão, divagações e comentários.
As história não fazem sentido, e a maneira de escrever é tão má que, nem querendo, as pessoas conseguem dar tantos erros. Para tanto material, é decepcionante como há tão pouco conteúdo, mas é uma das mais valias de ser conhecido, o que quer que se faça, as pessoas vão querer ler.
Publicado em 1960, The Colossus foi a estreia e a única colecção de poemas publicados em vida por Sylvia Plath. Lidos, são muito bonitos, com grande precisão nas palavras e seriedade, apesar de aquilo que descreve não ser elegante. A água, o horizonte e os animais são alguns dos temas da antiga mulher de Ted Hughes, que se suicidou com trinta e um anos, com a cabeça num forno.
Rodney Mullen, humilde e dos poucos profissionais do skate que se orientava noutra carreira (dedica bastante tempo à física e matemática), para além de um inovador, também foi um solitário, imune a modas passageiras. Grande parte de The Mutt: How To Skateboard And Not Kill Yourself é sobre o medo do pai que exigia a perfeição na família e que só o filho parecia não atingir. Esse medo e a dedicação à escola e extrema ao skate, levaram-no à indústria. Por todas as dificuldades e perdas, é uma história fantástica.
Mais um dos livros negros, Jerusalém de Gonçalo M. Tavares tem como personagem principal Mylia, uma mulher que tem uma doença, para além da esquizofrenia. Theodor é médico e há-de ser seu marido, internando-a no hospício também. Ela envolve-se com outro paciente e o marido quer que a afastem. Divorciam-se e ele manda-a para outra instituição.
Não gostando, têm aparecido aqui alguns títulos do autor, pois eu leio por me serem recomendados por uma pessoa que se interessa pelo tempo e pela medicina, logo compreendo que hajam aqui coisas que a mim não me dizem nada, mas podem ganhar outro significado. A constante (e irritante) divisão dos capítulos que nada significa é uma das coisas que me retrai neste livro, que ainda que tenha um final engraçado, parece-me uma história fraca.
Com as palavras do fundador e mentor Rza, The Tao Of The Wu procura explorar a filosofia dele e, por consequência, as letras do grupo. Entre a experiência da vida dele e conhecimentos das ruas e Budismo, é interessante, e podem-se tirar boas lições, tal como ele tira do xadrez ou do kung-fu, mas também há muita fantasia e enaltecimento desmedido. A numerologia e os acrónimos impossíveis com o Inglês moderno, aleatórios, são um exemplo disso, ainda assim, quem gostar de Wu Tang, vai gostar do livro.
Editado pela Phaidon, The House Book tem quinhentas entradas relativas a casas, sendo muito prático e organizado por arquitectos.
As casas são obviamente fascinantes, com boas descrições e abarcando muitos períodos, algumas mais estrambólicas, outros projectos originais que reinventam o espaço, lado a lado com os clássicos. São realmente casas de todo o mundo, com alguns tipos de habitação mais tradicionais ou de épocas também presentes.
Em teoria, um filme dos Super Mario Brothers deveria ser a coisa mais fixe que podia existir, no entanto, quando o filme foi realizado em 1993, a ideia de ele ser uma alegoria, não foi feliz. Dinossauros em Brooklyn, Luigi ter sido criado pelo Mario fazem com que seja um filme à anos 90 para a televisão, mas o problema não é esse, é mesmo não ter nada a ver com o Super Mario. Foi um desastre para a crítica e para os jogadores.