Realizado pela lenda do skate Stacy Peralta, Crips & Bloods: Made In America relata a história dos gangs negros de South Central em Los Angeles, lembrando o valor relativo das vidas: o facto de poderem não ter valor aos olhos do governo e depois fecharem-se numa guerra contra eles próprios.
Os mais novos não conhecem mais nada, exemplificado por aquela menção que há aos miudos que vivem em Los Angeles e nunca viram o Oceano.
As imagens de arquivo são boas, ainda que a montagem geral não seja muito apelativa, e os contributos dos ex-afiliados são interessantes. Insiste na habitual ideia de que os gangsters são violentos porque são criados em famílias desfeitas, sempre demasiado snetimental, mas penso que seja o propósito educativo do filme. A imagem das mães a chorar é um bom final. Ausentes ficam os que morreram e os que estão na prisão.
Apesar do cuidado estético, o resultado acaba por ser pouco esclarecedor. É um documentário? É um filme? As ideias principais já todos os jovens interessados no tema conhecem, mas será que o filme tem capacidade de alcançar outro tipo de audiência? Penso que não.