A primeira vez que vi Kids terá sido por volta de 1996/97. Foi um dos filmes que mais me marcou (e entre outros factores, um dos motivos que um ou dois anos depois me levou a comprar um skate), mas consigo agora perceber que foi apenas pelo shock value, porque aquela não era a minha realidade (nem eu tão pouco me aperceberia do que realmente se passava). O filme de Larry Clark e Harmony Korine é um olhar sobre uma geração urbana perdida, mas olhando com os olhos de hoje, os primeiros 45 minutos são muito bons, mas o desenvolvimento acaba por ser "ressacante" (até porque é a única coisa que eles fazem a partir daí). Falta ritmo e a personagem da Chloë Sevigny (Jennie) é a única que dá alguma côr à história, mas em vez de reverterem para a questão da SIDA, mantém a visão do Telly.
Continua a ser um documento fantástico sobre esta era, e como curiosidade, os excessos do filme são por vezes tão verdadeiros que tanto o Justine Pierce (Casper) como o Harold Hunter já estão mortos.
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