Os ramos da árvore de Roth estão podados neste Animal Moribundo, distinguindo-se os que carecem de solidão, pelos instintos vingativos. Contudo, se é assumido como ridiculo um homem de 62 anos pensar intermitentemente numa criança de 24, não serão tantas páginas sobre sexo lidas por comiseração para com o escritor septuagenário. Falar de amor, é possível fazê-lo de várias maneiras, para solucioná-lo há que fazer estragos. E o livro parece carecer de uma explosão, que chega perto do final, com Consuela, menosprezada quase sempre, a despertar dentro do protagonista. Cru, mortal, como de costume, Roth serve-se ainda das punchlines, que em duas linhas resumem a vida.
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