Há livros que não recebem nenhum destaque, mas que acabam por ser as mais-valias nas bibliotecas. Full Bleed é um exemplo latente de como até com grandes nomes (e um trabalho a esse nível), as teias da distribuição podem salvar muitas carreiras, e renegar outros livros ao esquecimento. E é exactamente contra esse esquecimento que as muitas fotografias (304 páginas) lutam. Cingindo-se ao espaço físico de Nova Iorque, há no entanto três décadas diferentes de fotografias de mais de quarenta fotógrafos, a maior parte nomes cimeiros e com grande representatividade no que toca ao skate.
Soberbo não só o exercício nostálgico para alguns, o revisitamento histórico para outros, mas igualmente um fantástico livro de fotografia técnica, não fosse o skate pioneiro em inúmeras técnicas de registo fotográfico e fílmico. Não se pode dizer que ou os fotógrafos ou os skaters tenham mais destaque no livro, pois é claro que a grande inspiração é a rugosidade da cidade Norte-Americana, cujas ruas são retratadas com grande reverência e beleza neste conjunto de fotografias.
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