Barthes, que segundo o próprio não tem paciência para ser amador da fotografia sequer, procura definir pelas suas palavras a força que certas fotografias têm. E é nas suas palavras que reside o problema da sua expressão. Reconheço-lhe o génio e a escola, mas a forma de escrevem em dez linhas o que podia ser dito em uma é exasperante. Sei que dizer isto de uma figura dadas palavras como Barthes parece provocante, mas a minha incompatibilidade é de há muito.
A imagem fotográfica e o pêndulo entre a vida e a morte são dois interessantes conceitos mentais de A Câmara Clara. Quantos às fotografia, muito bem escolhidas, com comentários acertados que denotam um bom olhar, finalizando com uma teoria sobre a nossa memória colectiva e a morte, através de uma fotografia da mãe, o que fica sempre bem.
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