Dos 34 estados Americanos em que é possível executar alguém por injecção ilegal, só 16 o fazem. Werner Herzog, como Europeu, é contra a pena capital, e para filmar Death Row foi necessário ser convidado por escrito pelo condenado e ser aceite pelo director da prisão. O primeiro episódio é focado em Hank Skinner, e 17 anos é o tempo que dura a espera de um homem que se diz inocente num triplo homicídio. A espera, o processo com os guardas faz parte da rotina, e de seguida, Herzog vai recriar o crime à cidade do Texas onde ele se deu, aparecendo algumas pessoas envolvidas nele, a história do filho que também agora tem um problema com a lei, até ao jornalista.
Skinner mantém a inocência e o caso começa a virar a seu favor, depois de já ter estado na sala para ser executado. Os sonhos que ele tem lá dentro relacionados com a vida exterior esvaem-se enquanto aguarda o teste de DNA e uma possível data de execução.
James Barnes em 1998 foi sentenciado pela morte da mulher, que admite como acidente, e depois confessou outro assassínio anterior. Há oito anos que não sente a chuva, e o episódio é bastante chato pela conversa ser principalmente com o advogado e pessoas ligadas ao apelo. As entrevistas com o condenado, são interessantes, principalmente pela reacção do pai dele e dos crimes inéditos que confessa. Apesar de querer a execução, ainda aguarda.
O terceiro episódio começa com um jovem que morreu oito dias depois da entrevista inicial, no entanto é com Joseph Garcia que continua. No caso dele, é uma vítima do sistema judicial pela severidade das penas que levou. Ele estava numa fuga com outros sete, de uma prisão, com George Rivas como líder, igualmente com uma pilha de penas para cumprir. Rivas foi o autor de quatro tiros a um policia, crime de que se arrepende. É principalmente sobre a descrição dos passos que levaram ao homicídio numa loja que roubaram ao escapar, e sobre a maneira como lidam isso, e a pena de Garcia, ainda que não tenha disparado, pois todos os fugitivos foram condenados a prisão perpétua pelo seu envolvimento na fuga. Rivas foi executado, o que ele considerava liberdade, dadas as dezenas de penas perpétuas que tinha, incluindo por amarrar policias, e Garcia ainda espera. Trabalho digno e humano de Herzog, sempre inquisidor e não intrusivo.
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