Descrito como um romance de aventuras, os Cavalheiros da Estrada é isso mesmo, fruto da admiração de Miachel Chabon por super-heróis e pela inspiração da banda-desenhada.
Uma aventura onde um médico, Zelikman, e um antigo soldado, Amran, andam pelo Cáucaso em 950 AC, fazendo dinheiro de qualquer maneira. Recebem a missão de serem guarda-costas de um imperador, e o leitor toma contacto com eles no decorrer de uma luta, que é afinal uma encenação para ganharem dinheiro com apostas. Anti-heróis portanto. Logo aí, Chabon demonstra uma linguagem muito própria, e uma incrível capacidade de descrição, com elevado ritmo da narrativa.
Felizmente, assim que os dois mercenários se fazem à estrada, o ritmo diminui. Um prisioneiro que levam escapa com um cavalo que é querido a Zelikman, mas depois de arranjarem outro viajante, ele é encontrado, de novo em desgraça. Juntam-se todos sob o nome de Irmandade do Elefante e partem para norte. Pelo caminho e tentativas de assassínio depois, o grupo cresce e consolida-se, contando com milhares de pessoas. No fim, por entre surpresas de identidades, tudo fica numa normalidade que convence os intervenientes que seguem a sua vida errante pela estrada.
Muito bem escrito, entusiasmante, até na parte seguinte, em que se explora dois Judeus, um Africano que teve a filha raptada, e outro Germânico que lhe assassinaram a família. O herdeiro do rei também teve a família assassinada, e no regresso ao trono, posto pelo exército, é raptado, violado e descoberto como sendo uma mulher que acaba vendida num bordel. Filaq assume a vida como Alp, depois da primeira vez com Zelikman que a deixa no trono a parte em busca de outras fortunas. Mesmo assim, sem espinhas.
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