Não sendo um apreciador da ideia em redor dela, a qualidade de Annie Leibovitz como fotógrafa é inegável, um talento único que necessita de muito dinheiro para se exercitar.
Os cenários construídos para ela são uma coisa abismal, e é isso que se pode ver em Annie Leibovitz: Life Through A Lens, seguindo-a nos trabalhos onde aparecem muitas personalidades e colaboradores a falar sobre a fotógrafa, que se especializou em retratos.
Há momentos curiosos, como antes de todas estas mega-produções, quando houve muitos anos de trabalho na estrada, que tanto apanharam Nixon, como o movimento hippie, os Rolling Stones, pessoas do bailado ou Schwarzennegger. A parte mais emotiva é dedicada a Susan Sontag, a amante, mulher de letras, que lhe deu profundidade ao trabalho. Conseguir transformar-se de fotografa de rock na Rolling Stone para editoriais da Vanity Fair é um feito notável, mas se a péssima gestão de carreira que faz há-de ser esquecida com o tempo, as fotografias que hão-de ficar, certamente a vão deixar na história.
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