Um livro dedicado apenas a uma pintura não devia prender alguém com entusiasmo, ainda para mais uma tão pequena, de um artista com tanto por explicar como Gerhard Richter. Curiosamente, em September, ele explica muito pouco, deixando as interpretações do quadro que pintou quatro anos depois do 11 de Setembro para o amigo, crítico e curador Robert Storr, que tinha uma ligação física ao espaço do suposto atentado, e cuja memória faz parte de uma partilhada, maior, pelos concidadãos e habitantes do mundo. Ficam por isso por dizer as palavras de Richter, substituídas pelos relatos de Storr do que aconteceu naquele dia, ficando a força bruta dos pincéis de Richter a falar sozinha.
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