Fur, uma história fantasiada que envolve Diane Arbus, a fotógrafa Americana que se tornou célebre pelos retratos de fracções "negativas" da sociedade, revestidos de enigmas. É um filme interessante, principalmente pelo papel de divulgação, já a história ascende a contornos esquizofrénicos e perde o fio da realidade, havendo pontos de contacto com o Elephant Man de David Lynch. Nicole Kidman em destaque, com uma leviandade e simplicidade notáveis, a exacerbar um certo alheamento próprio dos grande criadores.

Num mundo completamente 'aparte vive Paul Laffoley, arquitecto e desenhador, pensador e autista. Podem ser lidos os textos e biografia, bem como os desenhos interdisciplinares que ele faz.

Bem antes das alucinações de Lafolley, viveu o Veneziano Giambattista Piranesi. Partindo do património arquitectónico de Roma, onde viveu e morreu, desenvolveu um estilo apurado de desenho e gravuras.


Com igual distinção, mas bem mais detalhe nas ilustrações, foi Gustave Doré, um Francês que viveu no século XIX e se destacou pelas ilustrações literárias, desde A Tempestade de Shakespeare até D. Quixote de Cervantes.


Apresentando Mersault como um renegado, um homem que se exclui 'a margem da sociedade, Albert Camus tem a proeza de fazer com que as cem páginas deste "The Outsider" pareçam 40 bíblias. É um suplicio chegar ao fim, a história é banal, e nos dias actuais, o niilismo de Mersault seria o de uma celebridade, pois a sociedade fez entretanto danos bem maiores 'as pessoas. Aparentemente a personagem principal morre por ser verdadeiro, condenado num tribunal ainda mais entediante que o que eles são na realidade. Dispensável, banal.


La Vie En Rose, o biopic da Edith Piaf por Olivier Dahan vale principalmente pelo papel da Marion Cotillard. O argumento obviamente é negro, tingido pelo clima de doença e fragilidade da cantora, associado 'as dependências e tragédias que a envolveram desde sempre, no entanto está muito distante de outras obras como Ray (Ray Charles) ou Walk The Line (Johnny Cash), que contando igualmente com interpretações notáveis por parte do actor principal, oferecem mais em termos cinematográficos.

É possível ler n'A Trompa uma pequena entrevista que dei. Outras entrevistas podem ser encontradas no myspace.

Filme de Kubrick de 1963, Dr Strangelove : Or How I Learned To Stop Worrying And Love The Bomb, é uma sátira 'as premonições de guerra e 'as precauções que de nada servem quando os mecanismos de batalha são desencadeados. Um plano engendrado pelo Dr. Strangelove (Peter Sellers) com a ajuda de oficiais de guerra, põe o presidente Americano (também Peter Sellers) a desejar que os aviões que seguem em direcção 'as centrais nucleares soviéticas sejam abatidos. Com todos os cálculos e receios, acaba por sobressair a excentricidade e o ódio ao comunismo de Buck Turgidsson (George C. Scott), num papel notável como membro do conselho de guerra, mas que pensa apenas com o coração.
... abre os olhos e vê.

Um dos melhores filmes dos Irmãos Marx, não só em termos de piadas, mas em efeitos. Uma cacofonia de one liners misturados com os típicos diálogos em que exploram as fragilidades da língua Inglesa (que infelizmente se perdem na tradução). Rufus T. Firefly (Groucho), é eleito Presidente de um país chamado Freedonia, que Groucho almeja por em guerra a todo o custo.
Foi também um filme de mudança para os Irmãos, pois é o último com Zeppo, e depois de sair (não sendo um total desastre de bilheteira, também não foi um êxito, e não foi totalmente entendido pela critica), acabaram o contracto com a Paramount.
Um desvio ao estilo habitual das produções dos Irmãos Marx vem na musicalidade, não havendo os tradicionais solos de piano e harpa por Chico e Harpo, mas uma banda sonora composta e interpretada por todo o elenco.
A troca de cenas é notável, bem como o jogo de cameras e personalidades, iludindo o seguidor mais atento.

Seguindo este link, é possível ver na íntegra "Un Chien Andalou" de Luis Buñuel e do Salvador Dali, obra surrealista de 1929, que me despertou a curiosidade 'a vários anos para um tipo de cinema diferente.
De apenas 16 minutos, tempo que demora o intervalo de um jogo de futebol.

O livro em registo Gonzo do Hunter S. Thompson, que teve um filme genial dirigido pelo Terry Gilliam com o Johnny Depp no papel do Thompson e o Benicio Del Toro no papel do Samoano. Pelo filme ser tão fidedigno ao livro, a leitura deste é bastante agradável e hilariante, complementado pelas ilustrações do Ralph Steadman.
A viagem de um reporter (Thompson) que é enviado a Las Vegas para cobrir uma corrida de automóveis, acaba por se tornar uma viagem ao ciberespaço, dada a quantidade de substâncias ilegais ingeridas, tornado-se numa luta pelo controlo de uma decência perdida, onde Thompson tem de se manter atento aos desvios do advogado que o acompanha, igualmente alienado das estradas americanas. As pessoas que se cruzam com eles, levam a que eles alterem os planos e trabalhem no covil do lobo, uma convenção de policias que lutam contra estupefacientes. Imprescindível no século XXI.


É possível ler aqui na íntegra o artigo publicado hoje no suplemento The Observer Magazine que descreve a organização familiar na Islândia, e em como é o país que dá mais benefícios, tanto a mães como pais, bem como a educação e serviço de saúde que o Estado oferece, que tornam esta ilha num paraíso para se viver. Isto claro, se ignorarem terem apenas 270 mil compatriotas e o frio durante a maior parte do ano. Facilmente suportável.
Ficam aqui algumas páginas que eu tinha para ler.



Uma página que traça a evolução do homem de forma concisa mas bastante bem explicada.

Um compêndio das piores capas de discos.

Asatru é uma associação que pretende reerguer o espirito Europeu tradicional, com algumas ideias bem interessantes que deixo aqui.

The world is good. Prosperity is good. Life is good, and we should live it with joy and enthusiasm.

We are free to shape our lives to the extent allowed by our skill, courage, and might. There is no predestination, no fatalism, no limitations imposed by the will of any external deity.
We do not need salvation. All we need is the freedom to face our destiny with courage and honor.
We are connected to all our ancestors. They are a part of us. We in turn will be a part of our descendants.
We are also linked to all our living kin - to our families and to every man and woman rooted in the tribes of Europe. They are our "greater family."
We are connected to Nature and subject to its laws. The Holy Powers often express themselves in Nature's beauty and might.
We believe that morality does not depend on commandments, but rather arises from the dignity and honor of the noble-minded man and woman.
We do not fear the Holy Powers, or consider ourselves their slaves. On the contrary, we share community and fellowship with the Divine. The Holy Powers encourage us to grow and advance to higher levels.
We honor the Holy Powers under the names given them by our Germanic/Norse ancestors.
We practice Asatru by honoring the turning of the seasons…the ancestors…the Divine…and ourselves - in everyday life.
Asatru is about roots.
It's about connections.
It's about coming home.




Dentro da mesma temática, existe a Encyclopedia Mythica, tal como o nome indica serve para a mitologia, e apesar dessa ligação ir para a secção Norse, existem outras como a Grega ou Celta.

Por fim, o Rasterbator, que permite tratar facilmente as imagens de modo a que a impressão saia do modo que é possível ver em baixo.

Vale a pena ver este video do writer BLU.



Para além do óbvio valor histórico de um grupo capaz de atrocidades desmedidas, este filme vale por ser uma nova luz no último período do III Reich, e a constante preocupação com a morte por parte daqueles que viam vida para além da queda de Hitler. Bruno Ganz soberbo nesta película com pormenores notáveis, como por exemplo a cena em que vários membros das SS estão a demonstrar métodos de suicídio.