Como Torga disse, ele escrevia para quem não o podia ler, e estas histórias da ruralidade, do trabalho, dos defeitos que são também as graças e encanto do povo campestre, são uma soberba colecção de Portugal, onde um escritor tão dotado faz tão pouco esforço para se aproximar das raízes, tendo cravado estas linhas de tanta genuinidade, que só impregnado de uma humildade assaz, não se perde o propósito desta beleza. O dramatismo não esconde a humanidade de um povo sofredor, que espera um ano por uma festa que celebra a tristeza.
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