A publicação deste Diário Remendado de Luiz Pacheco,, vinha já a ser cozinhada em 1974, como algo para ganhar dinheiro. Existem títulos 'a volta deste gigante Português bem mais interessantes, mas o seu amâgo é aqui reproduzido em doses menores. As aventuras pelos editores a cobrar dinheiro, as desventuras homossexuais, as brincadeiras com o filho Paulocas, as ideias de exilio, as desintoxicações, os ódios, as personnas non grata, estão cá todos.
O clima de revolução torna-o quase paranóico com o falhanço do impacto de Pacheco versus Cesariny , que lhe tomou tanto tempo a preparar, mas alivia-lhe o problema das contas, se antes a electricidade e o gás lhe eram cortados por falta de pagamentos, com o emaranhado de 74, os serviços funcionam mal e Pacheco não tem agora necessidade de penhorar relógios.
Não será a melhor introdução, pois Pacheco no seu melhor é espicaçado em entrevistas, mas constitui um documento sobre esta figura que se pôs 'a margem de tudo e trilhou o seu próprio caminho.
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