A segunda parte da trilogia de Deus, Comédia de Deus, de 1995, faz João César Monteiro ainda maior. Abandonado o niilismo de João de Deus da primeira parte, ele é agora proprietário de uma gelataria. Os diálogos são soberbos, bem como a fotografia, um pilar da estética de César Monteiro. É incrível a audácia como guionista, que o leva a arriscar em camera o que poucos fariam em pensamento. Esta versão final, depois do plano inicial que incluia Veneza e Paris ter sido cortado, só tem um contra, a excessiva duração, mas desculpável após atenta análise da quantidade de cenas chave que tão magistral filme tem.
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