Obrigado ao Maraf por me ter relembrado desta pérola e por ser um tipo impecável.

Uma mega produção da HBO feita em conjunto pels EUA, Itália e Inglaterra, , Rome trata da queda da República de Roma e da criação do Império. Quanto aos cenários, não há nada a apontar, talvez uma falta de exteriores da Grécia e do Egipto, no entanto as cenas em Roma são bastante boas. Dado que são duas épocas, considero que a primeira é melhor, quando Gaius Octávio tem mais influência, todo o ambiente é mais caótico, e Júlio César ainda está vivo. A segunda parte, desde o assassinato de Julio Cesar, é mais insípida.
Uma das personagens que mais gostei é o anunciador das noticias e julgamentos. A dupla de guerreiros é muito boa, no entanto a inclusão de duas personagens que não são históricas, por um lado faz com que se explorem histórias que retêm o interesse na série, mas ao mesmo tempo desvia-se da verdade histórica. Lucius Vorenus e Titus Pullo podem ser vistos como as principais personagens da série, pois é a perspectiva deles que o espectador segue.
Gaius Octávio, que acaba por se tornar César (Augusto) inexplicavelmente troca de actor quando passa a jovem adulto. Acho que é um dos maiores erros, pois era uma das personagens mais fortes, e o actor Max Pirkis era excelente (e de acordo com a wikipedia, passou por Eton e estuda agora Teologia em Cambridge, por isso não foi inusitada, a escolha).
Cleopatra como uma Natalie Portman sobre o efeito da cocaina é uma opção estranha também.
Ainda assim, qualquer pessoa com interesse em história vai achar a série fantástica.

Uma forma de perceber a aura de algumas pessoas é ver o número de elogios póstumos. E José Cardoso Pires parece recolher o consenso e agradecimento de muita gente que se não fosse mesmo verdade, se escusava à tarefa. O Anjo Ancorado é um romance de capítulos curtos, onde a natureza vive dos animais e observa um relacionamento em São Romão, acompanhando um pássaro, um perdigoto.
No dia seguinte, continuei a pensar na história, o que me faz crer que hei-de revisitar este livro, bem como o resto da obra de Cardoso Pires.

Novo website.


The Clipse ("4 seasons, 4 sellouts" mas deve ser a oferecer muita coisa ou a enganar muitos newbies)

Game


Ultima parte do video da Young Money que tinha posto.


O site Sneakernews dedicou um segmento a todas as colaborações da Supreme em ténis. Pode ser visto aqui.
Também aparece no site da Supreme, indo a Random e depois Supreme Shoes.
E com tanto dinheiro, 90% deles são horríveis.

MJ


Ao enorme sexagenário.

Ten Tricks do Jamie Thomas, que entre ser o empresário do ano na California de 2006, arranjou tempo para pôr estas filmagens no skatepark da Black Box (Fallen, Mystery, Zero e Slave, que ele gere).

A Gang of Fourstar tem as filmagens da Fourstar na Europa (sem o Koston, mas com o Brian Anderson, Mike Carroll, Sean Malto, Mark Gonzalez, Tyler Bledsoe, etc) e é mesmo muito bom.

Lewis Carroll é o pseudónimo de um matemático, professor de Oxford, que depois de uma tarde num barco com três irmãs, entre elas uma chamada Alice, resolveu apontar a história que lhes tinha contado. Depois de revista e aumentada, foi publicada dois anos depois com o título de Alice no País das Maravilhas, e o sonho que esta vive numa tarde, pertence ao domínio do mais inventivo, do surreal. As personagens como a Falsa Tartaruga, o Coelho Branco, o Gato de Chesire ou a Raínha populam no imaginário comum e encontram repercussões, desde os contos Bichos de Miguel Torga até ao Spirited Away do Studio Ghibli.
As ilustrações de John Tenniel, que acompanham a minha edição e a original são fundamentais para perceber a personalidade (até porque o texto remete várias vezes para ela) e facilitam a compreensão de um mundo tão estranho, onde uma criança aumenta e diminui de tamanho consoante o que bebe, que fala com animais, e que se vê envolvida numa disputa de tribunal.
Quanto ao estilo, irrepreensível, cerca de 130 páginas onde a acção esmorece um pouco no fim, talvez com a ânsia de terminar tudo de repente com o julgamento, no entanto, este livro não seria um dos mais conhecidos ao fim de 150 anos se não fosse muito bom (e com grandes lições para adultos).

Parabéns pelos 20 anos de carreira ao Danny Way! A Plan B dedicou-lhe este site temporário, com todas partes de videos dele.

Provavelmente o único documentário que mudou a minha vida, Scratch foi lançado em 2001. Eu era tão obcecado com o que o Dj Premier, QBert, Shadow, e outros diziam, que ainda hoje me lembro de quase tudo o que é dito. A mim, deu-me um propósito, de me concentrar em algo e evoluir sozinho no meu sotão e fez-me gastar todas as minhas mesadas em vinyl. A minha capacidade de concentração vem muito daqui, do ser capaz de sentar num sítio e ficar horas a trabalhar na mesma coisa, e a busca por novas sonoridades também.
Quase tudo o que é mostrado em Scratch adquiriu o estatuto de lendário na comunidade, desde os Invisble Skratch Piklz, até ao digging do Dj Shadow, os X-Ecutioners a ensaiarem, ou o Mixmaster Mike a explicar o funcionamento de um prato.
Para quem se interessa por hip hop old school é também uma grande peça. Hoje, tal como há quase dez anos, Scratch é um ícone documental de uma arte que continua a viver.


Este video em stop motion, pelos vistos, demorou sete meses a editar a partir de cerca de vinte horas de filmagens. Foi feito por esta rapariga Australiana.


"Well after all these years and faithfull devotion of you crazy bastards we're finally doing a new record for you all, I promise it'll be the hardest shit we've ever done and I feel that says a lot!!! We'll be starting the album in the next few months and can't wait to assault you with our new stuff live!!!
We're shopping any labels for help so look out for us, and any companys we'll rep your shit if you sponsor us hook it up!!!
Give you a heads up songs are gonna be BRUTAL just finishing one titled ANGRY WHITE BOY you know what's up AWB Worldwide good looking out for us veterans of the best scene in the world!!

KEEP YOUR EYES OPEN FOR THE RETURN OF DEVASTATION TO HARDCORE!!! THE BEATDOWN SHALL RETURN TEN FOLD MOTHERFUCKER'S!!!!!!!!!!

SEE YA SOON TO LAY A BEATDOWN ON YOUR TOWN, KEVONE BULLDOZE, BLACK AND BLUE FOR LIFE!"

Num filme do intragável Spike Lee, Monty Brogan (interpretado por Edward Norton) é o condenado que se depara com as últimas vinte e quatro horas em liberdade, e que tem uma personalidade similar a outra personagem de Norton, Derek Vyniard de American History X. O argumento escrito por David Benioff (também autor do livro que deu origem ao filme) faz com que Monty esteja para começar uma pena de sete anos, previsão que o atormenta. No geral, 25th Hour não tem grandes pontos de interesse, exceptuando as cenas em que Norton ecoa o ódio que sente interiormente por todos os tipos de Nova Iorquinos.

É isso.

Já agora, para aproveitar o espaço, para não ser só com esta nulidade, queria dizer umas coisas. Uma das melhores coisas da minha vida é quando as pessoas se aproximam de mim para me mostrarem coisas que eu vou gostar ou me levam a ver sitios novos. 'As vezes eu perco um bocado a noção do tempo com a azáfama, e não tenho andado com a minha máquina fotográfica comigo, por isso não pude captar momentos como a visita ao Eltham Palace na Quarta-Feira, o jantar com o André na Sexta-Feira ou o aviário (ou deve-se chamar centro de aves raras?) a que o Pedro me levou hoje durante a boleia que me deu. Isso, os filmes, livros e afins que me mostram porque sabem que eu me interesso, é muito bom (e eu não me esqueço de quem mostra as coisas). Por isso, obrigado a todos por o fazerem, e continuem. São essas alturas e essas pessoas que me inspiram.

As três espadas em Hafrsfjord, Noruega, feitas por Fritz Røed em lembrança da batalha com o mesmo nome de 872.

A obra a partir da qual foi feito o filme O Talentoso Sr. Ripley detém ainda mais factores que fazem esta história fantástica. Patricia Highsmith tem obviamente um tom mais literário (o que é dizer o óbvio, no entanto...), o mundo para onde Dickie desapareceu, depois de se ver o filme, aparece ilustrado nas palavras.
Tal como O Grande Gastby, o tipo de circuito de familias abastadas Norte-Americanas é o mesmo, com o pai de Dickie a procurar Tom Ripley para este partir em direcção a Itália, com o intuito de convencer o filho a voltar para casa. Tom e Dickie nunca foram próximos, por isso a estadia de Tom serve para estes se conhecer e se desenvolver uma relação peculiar entre eles e as pessoas que os rodeiam, marcando cada local com a sua própria história. Recomendável para quem procura um enredo que prenda e que se desenvolve bastante bem.
Li este e o The Great Gastby quase de seguida sem motivo nenhum, mas no entanto há óbvias semelhanças.

Cinco anos depois de L'Auberge Espagnole, a mesma equipa e actores juntam-se para filmar Russian Dolls. Não uma, mas duas continuações da história, agora com todos licenciados, que os leva a Londres e a S. Petersburgo, onde William se vai casar com uma bailarina Russa. Romain Duris continua a ser um actor/narrador perfeito para este papel, com as mesmas duvidas, indecisões e desgostos que parecem no o largar, bem como a capacidade para tentar alterar as coisas. No geral,até por se perder em várias cidades, a sequela perde algum (não todo) charme que o original tinha, mas mantém-se uma boa continuação.

F. Scott Fitzgerald encabeça um tipo de literatura Americana bastante peculiar. É de certa forma popular, pelo menos nos ambientes abastados que retrata, de festas em casas de praia, relações entre pessoas que se podem considerar desocupadas e que se limitam a andar de festa em festa. Ao mesmo tempo, com uma história linear como The Great Gatsby, consegue acrescentar numerosos pormenores que outro que não um grande escritor deixaria de fora. O narrador, Nick, relata o círculo em volta de Gastby, de quem todos falam ao frequentar as suas festas, mas vários falham em reconhecer.
Gastby e Nick, dois românticos que enfrentam um destino trágico nos meios sociais da zona costeira de este, desenvolvem uma amizade, com uma atitude de quase servidão, fazendo com que Gastby se reencontre com o amor perdido, Daisy. Não é referido, mas inconscientemente, Jay Gastby morre pelo amor a Daisy.

Impulsionado por fans da série, resolvi ver o Predator. Sendo totalmente leigo na matéria de Alien, Predator e criaturas similares, não estava a par que o actor principal era Arnold Schwarzenegger. A dado momento cheguei a acreditar que este era outro filme que não o que eu procurava, e tomei-o como um "Schwarzenegger na selva a ser Schwarzenegger," no entanto a meia hora do fim, lá aparece o bicharoco. É um bocado como ver o Titanic e a unica altura em que ele aparece no filme é na última meia hora a afundar-se.
Quanto ao filme em si, achei bastante fraco, por não haver esse suspense do Predator, por não haver história em direcção ou a partir de algo.



Tudo dos anos 30, a era da depressão. Começo a gostar cada vez mais da imagética desta altura.


O melhor episódio do Maestro Knows, inspirador no mínimo, pena que nem toda a gente possa ser paga para viajar. No entanto:

Living on more than hope, because we know our time will come.


Claro que há sempre um peixe maior.

Sean Cliver, que já tinha compilado Disposable - A History of Skateboard Art em 2004, lançou um coffee table book que é essa edição revista e aumentada para 368 páginas. Graficamente não era possível fazer mais, pois The Disposable Skateboard Bible é mesmo enorme, com fotos de grande qualidade sobre várias tábuas e constitui uma grande referência para uma era quase perdida skate, que continua a ser alimentada por coleccionadores de tábuas. No entanto, em termos de escrita, fica a impressão que podia ter sido feito muito melhor. Cliver trabalhou para a Power-Peralta e por isso tem acesso a várias personalidades do skate, os textos de alguns coleccionadores e das pessoas que moldavam as tábuas são interessantes, mas os de skaters como Tony Hawk, Mike Vallely, Mark Gonzales, Steve Caballero ou Stacy Peralta são muito pequenos e pouco acrescentam. Se a paixão de Sean Cliver pelo skate é inegável, até pelos valores que ele paga por tábuas, fica a impressão que o texto não teve revisão, ou depois de ter perdido tanto tempo a seleccionar tábuas, escreveu o texto de acompanhamento à ultima da hora.
Desde os anos 60, estão quase todas as marcas representadas até aos anos 80, com vários modelos, no entanto, para um livro que procura ser compreensivo, eu que comecei a andar no final dos anos 90, não vi lá nenhuma tábua minha, nem tão pouco quase nenhuma companhia que as fabricasse. Claro que com a aproximação dos anos 2000 onde deve sair mais de um modelo novo por dia, é complicado compilar tudo, mas houve marcos dos anos 90 que não ficaram lá representados, e é uma grande lacuna.
No geral vale a pena ver, mas o título de 'biblia' é um bocado decepcionante.

George Vecsey fala como poucos da sua paixão. Baseball é uma análise cronológica aos episódios dos ballparks e à história do desporto, que até ele próprio reconhece não ser Americano e analisa algumas possibilidades. O tom amigável intercalado com as memórias pessoais de Vecsey concedem a este clássico uma fruição sobre os episódios que, leva até os leigos da matéria a sentirem interesse por episódios como as Negro Leagues, o escândalo dos White Socks ou lendas como Jackie Robinson e Babe Ruth, que passaram a fazer parte do léxico comum.
As tentativas de descrever o ambiente nos ballparks, onde através de estatísticas é possível comparar jogadores de hoje, com atletas de 1920 e a forma como o baseball sobreviveu ao draft da Segunda Guerra Mundial são outros marcos, num livro que vale a pena ser lido por todos.

The Mystery of Mr Wong é a transposição para o ecrã do detective oriental criado por Hugh Wiley. O filme data de 1939 e tem Boris Karloff no papel de detective, a tentar recuperar uma safira que foi levada da China para a América, com uma maldição.
No geral o filme é bastante estático, com poucas mudanças de cenário, e é uma história de crime regular, um bocado dificultada pelas limitações de câmera.

Dirigido por Stuart Gordon, Re-Animator é uma adaptação de um original de H.P. Lovecraft.
O propósito de uma aula de jovens estudantes é estudar mortos, até que chega um aluno Suíço com experiência em ressuscitações e que acredita ter apurado a técnica através das suas pesquisas. Não é um filme para massas, por isso graficamente corre riscos, sendo bastante explicito no que toca à perfuração do cérebro, bem como outras cenas mais gore. Recupera aquela veracidade aparente dos filmes de horror, em que quando tudo parece estar mau, piora.
Deve ser dos poucos filmes em que o excesso de sangue não é risível e a caracterização, é muito boa. Resumindo, uma pérola para quem gosta de filmes de horror modernos, com bons actores e uma boa história.

Paris, Texas de Wim Wenders é uma produção Franco-Germânica rodada nos Estados-Unidos, onde Travis, a personagem de Harry Dean Stanton com uma mística reminiscente dos Westerns, pega no filho de sete anos e tenta procurar a mãe deste. No geral, é um filme sobrevalorizado, ainda que os grandes planos panorâmicos do deserto tenham o seu encanto.

Ora isto não é nada de mais, mas há quem possa divertir-se com isto, e outros que já viram mas não sabem como é que se faz.
Material: máquina fotográfica com configuração manual; luzes/lanternas
Basicamente na vossa máquina têm o shutter speed (S) e aperture (A). A combinação manual é o M. Estando num quarto escuro (para não ter mais interferências de luz e a máquina registar só as vossas), ponham a máquina ao nível que quiserem, e ponham o shutter speed numa velocidade muito lenta (estas foram com 30 segundos). Como o quarto vai estar escuro, não precisam de pôr temporizador, porque em 2 segundos disparam a máquina e dão dois passos atrás. Peguem nas luzes ou lanternas e comecem a escrever no ar. No meio da escuridão, ele vai registar o que escreverem. Como podem reparar, ao início é um bocado complicado atinar, mas com o tempo vai ao lugar.
Um côr:

Txaraaam, duas cores para complicar ainda mais:

Dá para reforçarem com várias passagens, e eu neste caso usei uma lanterna branca que até dava para os tipos do Lost serem vistos de Marte.

Cuidado é com os Marcianos: