Há coisas difíceis de compreender, talvez explicadas pelo fenómenos de editoras pagarem a pessoas para fazerem ressenhas online, de modo a influenciarem a compra e criarem conversa em redor de um autor ou de um livro. No caso de Chad Harbach, que com o primeiro livro intitulado A Arte de Viver à Defesa, há uma manifesta incompatibilidade comigo. A premissa em que um jovem jogador de baseball tem um acontecimento em campo que o marcará para o resto da vida é entusiasmante, e o jovem Henry Skrimshander tem um percurso igualmente entusiasmante, chegando à faculdade. O que é impossível de tolerar é a lentidão e a absoluta imobilidade de uma escrita que demora a arrancar para não chegar a lado nenhum, ou aliás, para chegar ao acontecimento que já se sabia estar no horizonte. E o crescimento de Skrimshander? Mais valia nunca ter crescido. Há assim tanta gente a gostar de baseball em Portugal para a conversa em torno deste livro?