Com uma montagem muito amadora, The Pervert's Guide To Cinema é narrado e escrito por Slavoj Zizek. O filósofo defende que o cinema é a arte dos pervertidos, pois não dá o que desejamos, diz-nos o que desejar. Dividido em três capítulos, analisa vários filmes de diferentes eras do cinema no seu Inglês macarrónico como Matrix, Os Pássaros, Psycho, filmes dos Irmãos Marx, O Exorcista, O Testamento do Dr Mabuse, Alien, O Ditador, Mullholand Drive, Dr Strangelove, Fight Club, Vertigo, Solaris, Persona, Eyes Wide Shut, A Pianista, Dogville, ou seja, tudo de topo. As considerações que o Esloveno faz são muito aleatórias (a ligação entre o sorriso do gato de Alice que perdura quando ele desaparece e o desejo de dançar materializados nos sapatos de The Red Shoes? Flores serem proibidas a crianças?), indo aos sítios onde as cenas são passadas no filme. Outros dos temas lançados são por exemplo os níveis do espaço ou da relação entre as personagens, a serem o id, ego e superego, a voz nos filmes sem corpo, a imortalidade das figuras masculinas de Lynch e ideias Freudianas. Claro que vale a pena por ser uma discussão de filmes bastante interessantes, e Zizek diz que para compreender a realidade de hoje em dia é preciso o cinema.