De 15, 20 e 25 minutos respectivamente, os filmes de João Salaviza foram editados conjuntamente. Arena é o quarto de um rapaz em prisão domiciliária que faz tatuagens em si próprio para passar o tempo. É assaltado e espancado por uns miúdos insatisfeitos com o trabalho que fez num deles. As cenas em que ele os reencontra são filmadas em ângulos muito bons, de vistoso efeito e o melhor e mais cativante. Cerro Negro é sobre imigrantes, o pai na prisão e a mãe a trabalhar até de manhã, a criança a crescer sozinha enquanto a mãe visita a prisão, também sozinha. Vê-se a solidão em cada um, à vez, com o pai a sofrer dentro das grades. Rafa tem a mãe na polícia e vai de mota para Lisboa durante a madrugada para a ir buscar à prisão depois de ela ter espatifado o carro do namorado. Apesar de ser feito com mais meios e experiência, achei o mais desinteressantes dos Três. São curtas, o que a mim não me diz muito, mas bem feitas. Como temas agregadores: situações de precariedade em bairros sociais, os jovens homens com condicionantes à liberdade e actores com bons desempenhos.