Confesso que vinha a adiar The White Ribbon pelas altas expectativas, e pela beleza estética de toda a campanha promocional. Por lhe querer dedicar a devida a atenção e por ter Michael Haneke em muito boa conta, só agora me pude sentar e deliciar. É tudo o que eu poderia esperar (talvez com menos meia hora fosse ainda melhor). Uma história de vingança de uma família que acha que a mãe morreu injustamente, a morte paira sempre no ar, com uma sucessão de acidentes na vila a levantar suspeitas. A fita branca era posta no braço ou no cabelo para as crianças se lembrarem da pureza, numa comunidade que parece perturbada por desvios comportamentais. A fotografia e os actores são intocáveis e imbatíveis. Assim vale a pena.