O documentário Heavy Metal in Baghdad começou a ser rodado antes da guerra, para relatar as dificuldades da única banda de heavy metal no Iraque, e de como a sociedade não lhes dava espaço para tocar. Para além da paixão que eles têm (um deles quer ter o cabelo como o Zakk Wylde mas não o deixam), é a loucura que era Bagdad em 2005 e 2006 que impressiona mais. Eles são músicos bastante competentes, apesar das óbvias limitações em termos de influências, mas o espírito de sacrifício deles é algo de fenomenal. Ficam com a sala de ensaios destruída por bombas, alguns mudam-se para a Síria, até que todos se juntam lá, para viver em condições péssimas e tentarem a sua sorte. Conseguem dar um concerto bom e vão gravar o primeiro album de heavy metal na Síria, e o primeiro de uma banda Iraquiana, mas ao verem as imagens que já estavam gravadas dos anos anteriores, revoltam-se por verem a sala de ensaios destruída (alguns saíram do país antes de isso acontecer), e o país que tinham deixado, todo em guerra. No fim, não é perceptível se eles acabam por culpar os realizadores pela invasão e destruição do país, mas o filme acaba de maneira algo abrupta. Eles merecem mesmo ter sucesso, porque vivem literalmente para tocar. Um bom exemplo, e entretanto eles conseguiram mudar-se para a Turquia e depois para os Estados Unidos.

Comments (1)

On 4 de abril de 2010 às 22:32 , Ema disse...

pesado...sou capaz de sacar isto quando tiver mais livre da minha lista interminável de filmes para ver. boa dica ;).